sábado, 13 de setembro de 2014

VEJA "DEFENDE" MARINA CONTRA DILMA COMO ESCOLHEU FAZER COM COLLOR CONTRA LULA. O BRASIL VIU NO QUE DEU.


MARINA SILVA se transformou na candidata da direita brasileira. De um modo sutil, com palavras nada objetivas, tem defendido propostas neoliberais que porão em risco as conquistas sociais realizadas nos doze anos de governo do PT. 

Alçada nas pesquisas após a morte de Eduardo Campos, pulverizou a candidatura de Aécio Neves e tornou-se o símbolo que os setores tradicionais de nosso país precisavam. Ela podia encarnar a mudança, se colocava como diferente de tudo o que estava aí, a representante da "nova política". O antipetismo da mídia e das oligarquias teria um porta voz com apelo popular. Há muito Marina não é mais do povo, mas o povo ainda não sabe disso.

Tudo indicava uma vitória de Marina e dos seus financiadores. Uma guinada neoliberal com mercado independente, recuo de controle estatal, desindexação do salário mínimo, aumento de lucros de bancos privados, esquecimento do pré-sal e arrochos salariais com a flexibilização das leis trabalhistas. 

Mas Marina foi a pior inimiga dela mesma. Cedeu à pressões de seguimentos e recuou no direito das minorias, se contradisse com a questão do pré-sal, refez a declaração de bens depois de ser cobrada pelo PT e não consegue explicar sua estreita relação com banqueiros. A única coisa que Dilma e Lula têm feito é mostrar as contradições de Marina e traduzir seu plano de governo para a população, mostrando os impactos que algumas de suas propostas terão na vida dos brasileiros.

Isso foi o suficiente para que Marina estancasse nas pesquisas e Dilma recuperasse o seu capital político. A emoção está dando lugar a razão e as pessoas estão começando a comparar as duas propostas, a ver o que já conquistaram e o que poderão perder. Agora Marina parte para o teatro. Chora na frente de jornalistas e quer ser o novo Lula. 

A revista Veja já a defende. E isso basta para ver que ela tem mais a ver com Collor que com Lula. 

Toda a mídia reacionária e conservadora se uniu para eleger o caçador de marajás. Collor era o novo, o homem que podia unir todos os partidos, governar com as melhores cabeças, guiar o Brasil além das polarizações. Globo e Veja o defenderam contra o trator do PT. O Brasil viu o que deu. 

A veja tem uma nova Caçadora de Marajás.

Vale a pena ver de novo?


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