sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Marina é a segunda via da direita no Brasil, ou, de seringueira a defensora a defensora do capital ou, ainda, a nova política em desfavor do Brasil.

Na última semana assistimos a mais “revisões” de Marina em relação ao que está programado caso seja eleita presidente. Após vermos o retrocesso das ideias em relação a união civil entre iguais, as omissões a respeito do que de fato significa a independência do Banco Central, seu discurso que não deixa claro ao eleitor os aumentos que defende nos preços de energia e combustíveis, do desprezo em relação ao pré-sal, e da abertura deste a empresas estrangeiras, Marina  agora se explicou sobre a “flexibilização das leis trabalhistas” que agora é chamada de “atualização das leis do trabalho”.

O mercado encontrou em Marina sua candidata. Há muito que ela não defende mais os ideais populares, embora o povo, em geral, ainda não tenha percebido isso. Financiada por Natura e Itaú, a agenda de Marina passou a ser a dos seus financiadores. Ela se preocupa em dizer que não extinguirá o bolsa família, mas nada fala sobre ser contra leis de terceirização, em manter os reajustes do salário mínimo acima da inflação, de melhores remunerações para professores. Nada diz Marina em como vai continuar os programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida tirando dinheiro dos bancos estatais para dar aos bancos privados.

O aceno de Marina em favor da “revisão” da CLT (rapidamente corrigido por ela) é mais uma das grandes provas que Marina deu de que lado escolheu para governar. Décimo terceiro, férias remuneradas, horas trabalhadas, tudo isso é regido pela CLT. Que revisão ou atualização Marina quer fazer? Por que ela não diz abertamente? Simples, porque não é de interesse popular, afinal, a nova política está sendo escrita pelos grandes financiadores, com direito a jatinho fantasma em nome de laranjas, troca de CNPJ para escapar de possíveis complicações legais, censura a blogs, sites e usuários de redes sociais e muita desinformação.

Marina se coloca acima dos partidos, como antes dela fizeram Collor de Melo e Jânio Quadros. Seu vice-presidente, mais pragmático que programático, no entanto, já disse que “não se governa sem o PMDB”. A nova política está se pintando com todas as cores e tons da política que já conhecemos, só que mais perigosa, pois se traveste de popular enquanto é liberal, fundamentalista, repressora e arcaica.


Marina já traiu os pobres. Vendeu suas esperanças. Apenas ainda não acionou os órgãos que espera comandar para iniciar as desapropriações.

Emerson Luiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!