terça-feira, 2 de setembro de 2014

FIRMA DE VIGILÂNCIA BANCOU JATO; PSB SE DIZ "ALHEIO"

Empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, funciona em casa da periferia de São Lourenço da Mata (PE); dono sinaliza que foi usado como laranja; PSB não comenta assunto e diz que uso da aeronave foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana, investigado pela PF; em nota, partido afirma que ficou “alheio às negociações”
O jato Cessna que caiu em Santos com a comitiva do PSB a bordo tem dono fantasma. No entanto, a empresa apontada como pagadora oficial das despesas operacionais do avião usado pelos candidatos do PSB à Presidência, Eduardo Campos e Marina Silva, é a Lopes & Galvão Ltda.
A firma de vigilância, que não é cadastrada, funciona em uma casa simples da periferia de São Lourenço da Mata (PE) e aparece como pagadora de serviços de parqueamento e atendimento para a aeronave PR-AFA. O gasto mensal foi avaliado em R$ 30 mil.
Procurado pelo Globo, os donos sinalizaram que foram usados como laranja no esquema. “Você acha que se tivéssemos esse dinheiro todo eu moraria aqui em Tiúma? Longe de tudo, nessa rua”, disse uma das filhas do proprietário Genivaldo Galvão Lopes.
O avião foi comprado da AF Andrade, de Ribeirão Preto, em 2014 pelos empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieria, investigado pela PF. No entanto, no contrato de venda não consta o nome do comprador. O pagamento teria sido feito por empresas fantasmas.
O PSB também não declarou o uso do jato na campanha, o que pode ser considerado crime eleitoral. Pressionado, o partido tenta se eximir da responsabilidade sobre a aeronave.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!