sábado, 13 de setembro de 2014

MARINA QUER SER O NOVO LULA SENDO CONTRA LULA, OU, NUM CINISMO SEM TAMANHO A ELITE PROCURA COPIAR A IMAGEM DE QUEM SEMPRE ODIOU E COMBATEU OU, AINDA, PELO PODER VALE TUDO: MUDAR DE OPINIÃO A CADA TUÍTE OU CHORAR NA FRENTE DE JORNALISTA PARA CONSEGUIR VOTOS




Acordo pela manhã e dou um giro por jornais e na blogosfera. Manchetes garrafais dizem que Marina chorou depois dos “ataques” de Lula e que também foi vaiada em evento em Fortaleza – CE. Tudo isso após o Ibope divulgar pesquisa que mostra Dilma à frente por oito pontos num primeiro turno e atrás apenas um num eventual segundo turno.

Os comentários dos jornalistas procuram colocar em Marina a aura de um “novo Lula” (como eles próprios descrevem), só que o que não dizem é que ela seria um Lula neo-liberal, ainda mais a direita que Aécio Neves!

Marina se diz atacada, mas não usou o espelho para ver o reflexo de suas próprias ações. Por que ela pode acusar a todos de serem corruptos, jogando-os no cesto da “velha política” por práticas que ela desaprova em sua fala mas incorre em sua prática? Condena quem fala do avião comprado por laranjas e que também usou, mas quando indagada, joga as responsabilidades para quem não está mais entre nós.

Diz ser o novo, mas não resiste a críticas. Seu plano de governo (escrito por uma banqueira que se diz educadora) já passou por três alterações, a primeira não resistiu a quatro tuites do pastor Malafaia. A equipe de Dilma tem acertado na propaganda, ela não “ataca” Marina, como a mesma diz, mostra como o seu plano de governo afetará negativamente a vida dos brasileiros.

A independência do Banco Central não favorece os mais pobres, e sim os banqueiros.
Tirar dinheiro do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e coloca-lo no Itaú ou em outro banco privado irá sim acabar com o minha casa minha vida.

As medidas de Marina na economia irão, sim, provocar arrocho de salário e desemprego.

Só depois de ser criticada por abandonar o pré-sal é que Marina se tornou a favor dele.

São essas coisas que estão sendo debatidas. Isso não é preconceito, é política. É ter a obrigação de mostrar o que quer fazer, como vai fazer e o resultado que essa ação trará.

Ao se ver estancada nas últimas pesquisas, Marina quer se apresentar como o novo Lula. Se diz vítima de preconceitos e da campanha do medo.

Se colocando acima dos partidos, aliada dos banqueiros e grandes empresários, preterida pelos grandes jornais, ela, na verdade, se assemelha ao novo Collor.

O mais engraçado é ver os jornais que odeiam Lula, que o perseguiram, que procuraram de todas as formas destruir sua imagem diante do povo brasileiro, tentar pintar Mariana como “um Lula de saias”. Para azar geral (deles e dela) Lula está bem vivo para falar em próprio nome, para dizer que conviveu com Marina e com Dilma e porque escolheu a segunda como sucessora.

Chorar na frente de jornalistas ao ser criticada para conseguir votos por compaixão é o limite da falta de bom senso ou o sinal máximo do despreparo para o cargo. Já imaginou se a cada injúria recebida por jornalistas e comentaristas Lula e Dilma tivessem derramados lágrimas? O sistema Cantareira não teria secado!

Se a cada traição política, a cada inverdade estampada em jornais, a cada ataque maldoso de ex aliados que deixaram o barco em nome de suas próprias ambições Lula e Dilma chorassem, o Brasil seria uma grande novela mexicana.


Essa campanha, Marina, além de ser a esperança vencendo o medo, será a verdade derrotando a mentira. Será os que nunca desistiram do Brasil contra os que não desistem dos banqueiros.

Emerson Luiz

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