Acordo pela manhã e dou um
giro por jornais e na blogosfera. Manchetes garrafais dizem que Marina chorou
depois dos “ataques” de Lula e que também foi vaiada em evento em Fortaleza –
CE. Tudo isso após o Ibope divulgar pesquisa que mostra Dilma à frente por oito
pontos num primeiro turno e atrás apenas um num eventual segundo turno.
Os comentários dos jornalistas
procuram colocar em Marina a aura de um “novo Lula” (como eles próprios descrevem),
só que o que não dizem é que ela seria um Lula neo-liberal, ainda mais a
direita que Aécio Neves!
Marina se diz atacada, mas não
usou o espelho para ver o reflexo de suas próprias ações. Por que ela pode
acusar a todos de serem corruptos, jogando-os no cesto da “velha política” por
práticas que ela desaprova em sua fala mas incorre em sua prática? Condena quem
fala do avião comprado por laranjas e que também usou, mas quando indagada,
joga as responsabilidades para quem não está mais entre nós.
Diz ser o novo, mas não
resiste a críticas. Seu plano de governo (escrito por uma banqueira que se diz
educadora) já passou por três alterações, a primeira não resistiu a quatro tuites
do pastor Malafaia. A equipe de Dilma tem acertado na propaganda, ela não “ataca”
Marina, como a mesma diz, mostra como o seu plano de governo afetará
negativamente a vida dos brasileiros.
A independência do Banco
Central não favorece os mais pobres, e sim os banqueiros.
Tirar dinheiro do Banco do
Brasil e da Caixa Econômica Federal e coloca-lo no Itaú ou em outro banco
privado irá sim acabar com o minha casa minha vida.
As medidas de Marina na
economia irão, sim, provocar arrocho de salário e desemprego.
Só depois de ser criticada por
abandonar o pré-sal é que Marina se tornou a favor dele.
São essas coisas que estão
sendo debatidas. Isso não é preconceito, é política. É ter a obrigação de
mostrar o que quer fazer, como vai fazer e o resultado que essa ação trará.
Ao se ver estancada nas
últimas pesquisas, Marina quer se apresentar como o novo Lula. Se diz vítima de
preconceitos e da campanha do medo.
Se colocando acima dos
partidos, aliada dos banqueiros e grandes empresários, preterida pelos grandes
jornais, ela, na verdade, se assemelha ao novo Collor.
O mais engraçado é ver os
jornais que odeiam Lula, que o perseguiram, que procuraram de todas as formas
destruir sua imagem diante do povo brasileiro, tentar pintar Mariana como “um
Lula de saias”. Para azar geral (deles e dela) Lula está bem vivo para falar em
próprio nome, para dizer que conviveu com Marina e com Dilma e porque escolheu
a segunda como sucessora.
Chorar na frente de jornalistas
ao ser criticada para conseguir votos por compaixão é o limite da falta de bom
senso ou o sinal máximo do despreparo para o cargo. Já imaginou se a cada
injúria recebida por jornalistas e comentaristas Lula e Dilma tivessem
derramados lágrimas? O sistema Cantareira não teria secado!
Se a cada traição política, a
cada inverdade estampada em jornais, a cada ataque maldoso de ex aliados que
deixaram o barco em nome de suas próprias ambições Lula e Dilma chorassem, o
Brasil seria uma grande novela mexicana.
Essa campanha, Marina, além de
ser a esperança vencendo o medo, será a verdade derrotando a mentira. Será os
que nunca desistiram do Brasil contra os que não desistem dos banqueiros.
Emerson Luiz
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