segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pesquisa de intenção ou indução na pesquisa?





Será cada vez mais frequente a realização de pesquisas “científicas” para aferir a intenção de voto do eleitorado venturosense. Criou-se na cidade a ideia de que os resultados divulgados são como a palavra de Deus: eterna e imutável. Uma pesquisa de intenção de voto serve para que determinado grupo conheça os desejos do eleitor naquele momento específico, e este, dependendo de vários acontecimentos pode mudar. Isto já foi visto em Pernambuco com o confronto Mendonça Filho x Humberto Costa x Eduardo Campos. Eduardo largou atrás nas pesquisas e hoje é o governador melhor avaliado pelos pernambucanos.

Mas a questão que motiva este post é a formulação do questionário da pesquisa: As perguntas que mais chamavam atenção eram: “Como você avalia o trabalho (do atual prefeito)?” , “Você votaria no candidato indicado (pelo atual prefeito)?”, “Você acha que (aparece o nome do candidato apoiado pelo prefeito) quando eleito vai continuar o trabalho do prefeito?” E só depois se pergunta em quem o entrevistado deseja votar. Antes que me esqueça, o entrevistado é obrigado a fornecer seu endereço e dados pessoais específicos, como telefone e número de documentos. Tudo para preservar sua identidade, claro.

Outra questão interessante é o uso da imagem do governador Eduardo Campos. As vésperas de sua visita a pesquisa interrogava: "Você votaria no candidato apoiado pelo governador"?

Como várias pessoas tem relatado a este blogueiro, funcionários já sofrem pressão e são questionados em quem vão votar. Alguns afirmam que são ameaçados em seus locais de trabalho então não será nenhuma surpresa que com esse método transparente, científico e democrático de perguntar, o candidato apoiado pelo prefeito mais uma vez lidere as pesquisas de intenção de voto.

E caso minha previsão se confirme essa pesquisa pode ser divulgada como as duas últimas: com queima de fogos nos quatro cantos da cidade e com cabos eleitorais gritando resultados nunca registrados ou então com os cabos eleitorais virtuais divulgando (inexistentes) índices de rejeição em redes sociais, o que poderia ser tratado como crime eleitoral, já que estas pesquisas precisam ser registradas antes de realizadas e terem seus métodos explicitados.

Cabe então ao grupo oposicionista não apenas questionar a validade do método, mas, em breve, contratar um instituto isento e divulgar pesquisa própria, o que deverá ocorrer durante o período eleitoral, após o registro dos seus candidatos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Informando com responsabilidade. Numa democracia é importante poder debater notícia e ter opinião!