13 e 15 de março de 2015 poderão marcar datas
históricas para o Brasil. Movimentos organizados em defesa de um país melhor,
embora as bandeiras erguidas para isso não flamulem em unidade.
O comportamento
desses manifestantes, uns em apoio, outros em protesto ao governo, forçaram os
representantes eleitos a mudarem seu comportamento e a formam como conduzem a
política nesse país.
Os que foram às ruas no dia 13 de março
defendiam a permanência de Dilma Rousseff na presidência, mas não apenas isso.
Também questionavam a política econômica;
Também exigiam a reforma política;
O fim da corrupção e o julgamento de todos os
envolvidos em escândalos.
No dia 15 de março muitos foram às ruas pedir o
impeachment de Dilma, mas não apenas isso.
Questionavam a política econômica e a alta taxa
de juros;
Também exigiam a reforma política;
O fim da corrupção e o julgamento dos
envolvidos em escândalos.
O que preocupa nas manifestações do dia 15 é o
sentimento antidemocrático de alguns, que graças a Deus, não são a maioria dos
brasileiros. Entre os vários grupos que saíram as ruas no dia 15, há
extremistas que pedem a volta dos militares ao poder, consolidando assim um
retorno à ditadura. Os revoltados online que espalham mentiras nas redes
sociais e alguns proto fascistas.
Ah, e não esqueçamos o ódio ao PT, inflado pela
mídia que mais desinforma e manipula que informa. A mesma mídia que pertence a
famílias que serão investigadas por manterem contas secretas na Suíça.
Dentro dos dois movimentos há uma pauta que
precisa ser discutida no Brasil. A necessidade de uma ampla reforma política, o
fim do financiamento de empresas em campanhas políticas e uma política
econômica mais organizada e justa, que também taxe grandes fortunas e heranças,
não deixando todo o peso do Estado nas mãos dos contribuintes mais pobres.
Os alvos principais do dia 15? Dilma, Lula e o
PT, mas não apenas eles. Todos os políticos, de uma forma ou de outra estão
sendo cobrados hoje.
Dilma deve se desencastelar, voltar a se
comunicar com o povo, refazer as bases populares que sustentaram a sua
reeleição e combater a desinformação se quiser reverter a hostilidade que hoje
se faz presente em quase todas as classes sociais.
Em resumo: deve ouvir a voz rouca das ruas.
O povo deve continuar cobrando, mas não apenas
de Dilma. É preciso que esse mesmo povo cobre dos seus prefeitos, vereadores,
governadores, deputados e senadores.
Deve cobrar não apenas do PT, mas de todos os
partidos existentes no Brasil. Não se esqueçam do PSDB e o tremsalão, do PSB e
do jatinho sem dono, do DEM e seu mensalão, do PP e quase todos os seus
deputados sendo investigados, e, claro, do PMDB.
E é preciso se ter cuidado, muito cuidado, com
os que pregam a volta da Ditadura.
Não se esqueçam de que o dia 15 de março marcou
a volta do poder ao povo.
Nossa história e toda a nossa nação não merece
que depois de trinta anos, os torturadores sejam mais uma vez empossados da
mesma forma em que o foram em 1964.
Os protestos são sadios numa democracia.
Lembre disso: numa democracia.
Numa ditadura esse seria o último texto que eu
escreveria.
Talvez nem o fizesse.
Na ditadura ninguém poderia expor opiniões
contrárias ao governo. Nem sair na rua para protestar.
Lembrem disso.
Emerson Luiz
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