Imagem ilustrativa |
Em tempos de crise hídrica, agravados pela maior seca dos
últimos 50 anos, o anúncio de obras para escoamento e tratamento dos esgotos de
Venturosa merece destaque. Todo o centro da cidade e ruas adjacentes passarão
por obras em sua rede de esgoto. As águas que antes iam para o antigo açude da
Cilpe irão para estações de tratamento e depois devolvidas aos cursos dos rios
que cortam a cidade. Um projeto ambicioso e futurista, mas extremamente
necessário.
Imagine o impacto na vida dos venturosenses, desde a geração
de empregos diretos, quanto no desdobramento para atividades agrícolas e
comerciais. As águas devolvidas aos cursos dos Rios dos Bois e Ipanema estarão
em condição de consumo humano e, junto
com as obras da transposição, poderão pôr um fim ao drama de uma cidade sem
água.
A maior parte das verbas desse projeto serão custeadas via
empréstimos com o Banco Mundial e as ações serão coordenadas pela Compesa.
O projeto prevê, além da troca de toda a tubulação de
esgotos do centro da cidade, a limpeza de nossos córregos de água.
Peço aos leitores que nesse instante se dispam de olhares
partidários. Esse blogueiro não esteve entre aqueles que votaram em Ernandes e
por isso escreve sem paixão ou interesses eleitoreiros
Caso saia do papel, essa será uma das obras mais importantes
já realizadas em Venturosa. Ela trará grandes benefícios ao nosso comércio, e,
principalmente à qualidade de vida do povo. Ela deve ser acompanhada por uma
reeducação de nossa gente, que deverá adotar hábitos mais sustentáveis e um
maior respeito ao meio ambiente. Água é o recurso natural mais precioso do
planeta. Sem ela não há vida.
Nossa cidade nunca adotou políticas sustentáveis de respeito
ao meio ambiente. Nossos rios estão assoreados, sua mata nativa totalmente
desmatada. Talvez tenhamos uma chance de recomeço, que se não for devidamente
aproveitada não será repetida.
Nos arquivos da memória, que nem sempre são precisos,
percebo que uma iniciativa muito semelhante a essa foi realizada no governo do então
prefeito Iterbo Galindo, mas a cidade não tinha o número mínimo de habitantes
nem os aportes governamentais para receber tais investimentos. Por capricho do
destino ou justiça poética, Iterbo poderá ver um sonho realizado e estar
presente para atestar a paternidade do projeto.
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