quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ibope: Paulo tem 42% e Armando 34%. Para Armando a chave da eleição é chegar ao coração dos 13% que disseram não saber ou não querer opinar.


Do G1
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (1º) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto na corrida para o governo de Pernambuco:
Paulo Câmara (PSB): 42%
Armando Monteiro (PTB): 34%
Zé Gomes (PSOL): 1%
Jair Pedro (PSTU): 0%
Miguel Anacleto (PCB): 0%
Pantaleão (PCO): 0%
Brancos e nulos: 9%
Não souberam responder: 13%

No levantamento anterior do instituto, divulgado em 23 de setembro, Paulo Câmara aparecia com 39% e Armando Monteiro, com 35%. Encomendada pela TV Globo, a pesquisa é a quinta do Ibope após o registro das candidaturas.
Segundo turno
O Ibope fez uma simulação de segundo turno entre Paulo Câmara e Armando Monteiro. Os resultados são os seguintes:

Paulo Câmara (PSB): 43%
Armando Monteiro (PTB): 34%
Brancos e nulos: 8%
Não souberam responder: 14%

Realizada entre os dias 28 e 30 de setembro, a pesquisa contou com 2.002 entrevistas em 81 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levada em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo número PE-00034/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo número BR-00916/2014.
Rejeição
O Ibope também pesquisou em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum. Confira abaixo:
Pantaleão (PCO): 28%
Zé Gomes (PSOL): 24%
Jair Pedro (PSTU): 24%
Miguel Anacleto (PCB): 23%
Armando Monteiro (PTB): 21%
Paulo Câmara (PSB): 16%
Poderia votar em todos: 11%
Não sabe ou não respondeu: 22%

NOTAS DO BLOG

A chave da vitória de Armando Monteiro repousa no índice dos que não sabem ou não quiseram opinar. Em Pernambuco, Paulo Câmara tem o apoio de 150 prefeitos e há municípios onde é o candidato de forças municipais governistas e oposicionistas. Nas pequenas cidades muitas pessoas dependem dos políticos por viverem em condições de clientelismo perpetuadas há gerações.

Nossos novos e velhos coronéis perseguem aqueles que não caminham ou pensam de acordo com o que querem e muitos preferem se manter no anonimato. Em algumas cidades, declarar voto contrário a Paulo é o mesmo que assinar uma carta de demissão para si mesmo e toda família.

Pesquisas podem errar e erram muitas vezes. Já assistimos casos em que elas se confirmaram e casos onde candidatos que perdiam nesses levantamentos saíram vitoriosos da batalha travada nas urnas. Não é impossível que isso aconteça em Pernambuco, embora seja muito difícil.

O PSB usou das estruturas do estado que governa, soube como trazer prefeitos para sua base, cooptaram grupos oposicionistas e fizeram o desmonte nas forças que lhe podiam ser contrárias. Sem esquecer, claro, o uso da comoção popular causada pela morte de Eduardo Campos.

Muitos não votarão em Paulo. Votarão na memória de Eduardo, o Robin Hood as avessas, nosso Maquiavel falecido.

Ou Armando encontra o coração desses 13% ou vê o sonho político ser adiado.

Quem perde com isso é o estado como um todo.

Emerson Luiz

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