segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Em busca de poder

Já ouvi muita gente falar que só conhecemos alguém quando lhe damos poder. Mas gostaria de fazer uma sugestão aos que, como eu, concordam com essa afirmação.

Quer começar a conhecer alguém, veja como ele se comporta na busca pelo poder.

O poder. Ah, esse grande afrodisíaco! Ele torna as pessoas populares, influentes, reconhecidas e até admiradas. A quantos erros fecham-se os olhos críticos quando estes são cometidos por quem está no poder.

Se você é pobre e sincero em suas colocações é arrogante e prepotente. Se é rico ou detém poder tem pulso e fala o que pensa.

Infidelidade entre os mortais é falta de vergonha e moral. Entre os poderosos é um erro, um deslise.

Repensar atitudes entre pobres é fraqueza. Entre os poderosos é inteligência e articulação.

Então, o que se faz para alcançar o tão desejado poder de estar acima da maioria, de influenciar o destino de muitos?

* Promete-se o que não se tem e o que não se tem vontade nenhuma de fazer.
* Se esquece das qualidades do outro e em seu lugar criam-se defeitos terríveis.
* Mentir tornar-se algo trivial.
* Ameaças também.
* Preços são colocados em pessoas e nos seus valores.

Não é preciso que algumas pessoas cheguem ao poder para vermos quem são. Seu comportamento na busca por ele já anunciam o que se tornarão.

O que desaponta é ver que os que ficam na sombra delas, esperando que as migalhas caíam de sua mesa. De nada vale apelar para a consciência. O parasitismo social, econômico e político cerca o poder e aqueles que o idolatram.

Sou um esperançoso. Gosto de pensar que um dia nós que somos do povo iremos acordar desse mal fadado sonho de uma democracia parcial ainda marcada pelo coronelismo e pelo clientelismo. Vamos acordar e escolher quem pode fazer o que precisamos que seja feito.

Mas quando olho em volta e vejo a loucura tomar conta dos que querem apenas o poder e as facilidades ilícitas que ele traz temo acordar sozinho ou com poucos.

Quem sabe você que agora lê isso também não sinta essa mesmo inquietação? Então teremos mais um a sonhar e a lutar para que o poder fique onde sempre deveria estar: nas mãos do povo. E que este não o dê a quem não o representa.

Como disse Raul Seixas: Sonho que sonha só, é só um sonho que sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade.

Professor Emerson Luiz




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