POSTADO ÀS 14:29 EM 13 DE FEVEREIRO DE 2012
Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem
Por Sheila Borges, no Jornal do Commercio
Com 46 anos de vida pública e 69 de idade, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está prestes a realizar um sonho cultivado por todo homem que tem paixão pela prática política: ter um herdeiro que possa dar continuidade ao seu legado. Nas eleições municipais deste ano, surge a possibilidade do filho mais novo do ex-governador, Jarbas Filho, 20 anos, estrear nas urnas, disputando uma cadeira na Câmara de Vereadores do Recife. O assunto ainda é tratado com muita reserva entre familiares e correligionários do senador. Ele mesmo não quer conversar publicamente sobre o projeto cultivado pelo filho.
Nos bastidores, contudo, a movimentação de Jarbinhas, como ele é mais conhecido, é intensa. Nas últimas semanas, já conversou com muita gente, seguindo os conselhos do próprio pai. Jarbas pediu para o filho, antes de tomar qualquer decisão, ouvir a avaliação da conjuntura política feita por outras pessoas que tiveram a experiência de disputar eleições proporcionais no Recife. No mundo político, a eleição de vereador é uma das mais difíceis. São muitos candidatos trabalhando no mesmo espaço. Por isso, a votação é pulverizada. Não é um voto fácil de se conquistar.
O primeiro a ser procurado por Jarbinhas foi o decano da Câmara, Liberato Costa Júnior, que também é do PMDB. Com a experiência de dez mandatos, Liberato falou das eleições que participou e ficou de medir a repercussão da candidatura do filho de Jarbas . Com mais de 90 anos, ainda não se sabe se Liberato tentará renovar o mandato. De qualquer forma, o contexto não é muito favorável à oposição. Jarbinhas também se reuniu com os deputados federais Raul Henry (PMDB), que até bem pouco tempo era considerado o herdeiro de Jarbas, e Mendonça Filho (DEM), além do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB).
Mesmo cuidadoso com as palavras, Jarbas Filho confessou que uma decisão ainda não foi tomada. Tudo vai depender de uma conversa que manterá com o pai após o Carnaval. O meu interesse pela política não é de agora, vem de muito tempo. A eleição para vereador é difícil. Para chegar à Câmara, o candidato vai precisar de sete mil votos , argumentou, referindo-se à previsão do quociente eleitoral. O quadro melhora se o PMDB tiver um candidato a prefeito, isso porque vai estimular o voto de legenda. O nome cotado hoje é o de Raul Henry. O PMDB também pode se aliar a históricos parceiros: o DEM e o PSDB. Essas duas legendas têm pré-candidatos, que são, respectivamente, Mendonça Filho e Daniel Coelho.
O desafio de Jarbinhas é ainda maior em função da história política que Jarbas construiu, especialmente no Recife, cidade administrada por ele duas vezes: 1986/1988 e 1993/1996. Em 1985, elegeu-se com mais de 109 mil votos, conquistando o título de primeiro prefeito eleito pelo voto após o regime militar. Em 92, voltou à Prefeitura do Recife com os votos de 270.330 eleitores. O senador sempre teve votações expressivas na capital. No Recife, sagrou-se campeão de votos para a Assembleia Legislativa em 70 e 74 e para a Câmara dos Deputados em 82.
Essa tradição se manteve nas duas eleições que venceu para o governo do Estado. Em 98, venceu com 1.809.792. Deste total, 488.869 no Recife. Dos 2.064.184 votos de 2002, 433.225 foram obtidos na capital. A performance do peemedebista foi mantida em 2006. Naquele pleito, chegou ao Senado com 2.031.261 votos dos quais 432.766 registrados no Recife. Em 2010, a história não se repetiu. Jarbas tentou voltar ao Palácio do Campo das Princesas, mas perdeu para o atual governador Eduardo Campos (PSB), que venceu por uma diferença de mais de dois milhões de votos. Jarbas obteve 585.724 votos no Estado. No Recife, apenas 169.971 votos.
Se decidir enfrentar as urnas, Jarbinhas sabe que a comparação com o pai será inevitável e, consequentemente, a cobrança. O nome do meu pai vai ajudar mais do que atrapalhar. A política está no meu sangue. Se entrar, é porque me sentirei preparado para exercer um cargo público. Meu pai sempre me deixou à vontade para que eu pudesse realizar as minhas escolhas, mas a opinião dele será fundamental , reconheceu.
Jarbinhas nasceu acompanhando o pai nas campanhas políticas. Este ano, faz 21 anos justamente no dia do aniversário do Recife: 12 de março. Cursa o 3º período de administração na Unicap. Antes, chegou a fazer direito, mas parou no 4º período. Ele é o quarto filho de Jarbas.
Com 46 anos de vida pública e 69 de idade, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está prestes a realizar um sonho cultivado por todo homem que tem paixão pela prática política: ter um herdeiro que possa dar continuidade ao seu legado. Nas eleições municipais deste ano, surge a possibilidade do filho mais novo do ex-governador, Jarbas Filho, 20 anos, estrear nas urnas, disputando uma cadeira na Câmara de Vereadores do Recife. O assunto ainda é tratado com muita reserva entre familiares e correligionários do senador. Ele mesmo não quer conversar publicamente sobre o projeto cultivado pelo filho.
Nos bastidores, contudo, a movimentação de Jarbinhas, como ele é mais conhecido, é intensa. Nas últimas semanas, já conversou com muita gente, seguindo os conselhos do próprio pai. Jarbas pediu para o filho, antes de tomar qualquer decisão, ouvir a avaliação da conjuntura política feita por outras pessoas que tiveram a experiência de disputar eleições proporcionais no Recife. No mundo político, a eleição de vereador é uma das mais difíceis. São muitos candidatos trabalhando no mesmo espaço. Por isso, a votação é pulverizada. Não é um voto fácil de se conquistar.
O primeiro a ser procurado por Jarbinhas foi o decano da Câmara, Liberato Costa Júnior, que também é do PMDB. Com a experiência de dez mandatos, Liberato falou das eleições que participou e ficou de medir a repercussão da candidatura do filho de Jarbas . Com mais de 90 anos, ainda não se sabe se Liberato tentará renovar o mandato. De qualquer forma, o contexto não é muito favorável à oposição. Jarbinhas também se reuniu com os deputados federais Raul Henry (PMDB), que até bem pouco tempo era considerado o herdeiro de Jarbas, e Mendonça Filho (DEM), além do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB).
Mesmo cuidadoso com as palavras, Jarbas Filho confessou que uma decisão ainda não foi tomada. Tudo vai depender de uma conversa que manterá com o pai após o Carnaval. O meu interesse pela política não é de agora, vem de muito tempo. A eleição para vereador é difícil. Para chegar à Câmara, o candidato vai precisar de sete mil votos , argumentou, referindo-se à previsão do quociente eleitoral. O quadro melhora se o PMDB tiver um candidato a prefeito, isso porque vai estimular o voto de legenda. O nome cotado hoje é o de Raul Henry. O PMDB também pode se aliar a históricos parceiros: o DEM e o PSDB. Essas duas legendas têm pré-candidatos, que são, respectivamente, Mendonça Filho e Daniel Coelho.
O desafio de Jarbinhas é ainda maior em função da história política que Jarbas construiu, especialmente no Recife, cidade administrada por ele duas vezes: 1986/1988 e 1993/1996. Em 1985, elegeu-se com mais de 109 mil votos, conquistando o título de primeiro prefeito eleito pelo voto após o regime militar. Em 92, voltou à Prefeitura do Recife com os votos de 270.330 eleitores. O senador sempre teve votações expressivas na capital. No Recife, sagrou-se campeão de votos para a Assembleia Legislativa em 70 e 74 e para a Câmara dos Deputados em 82.
Essa tradição se manteve nas duas eleições que venceu para o governo do Estado. Em 98, venceu com 1.809.792. Deste total, 488.869 no Recife. Dos 2.064.184 votos de 2002, 433.225 foram obtidos na capital. A performance do peemedebista foi mantida em 2006. Naquele pleito, chegou ao Senado com 2.031.261 votos dos quais 432.766 registrados no Recife. Em 2010, a história não se repetiu. Jarbas tentou voltar ao Palácio do Campo das Princesas, mas perdeu para o atual governador Eduardo Campos (PSB), que venceu por uma diferença de mais de dois milhões de votos. Jarbas obteve 585.724 votos no Estado. No Recife, apenas 169.971 votos.
Se decidir enfrentar as urnas, Jarbinhas sabe que a comparação com o pai será inevitável e, consequentemente, a cobrança. O nome do meu pai vai ajudar mais do que atrapalhar. A política está no meu sangue. Se entrar, é porque me sentirei preparado para exercer um cargo público. Meu pai sempre me deixou à vontade para que eu pudesse realizar as minhas escolhas, mas a opinião dele será fundamental , reconheceu.
Jarbinhas nasceu acompanhando o pai nas campanhas políticas. Este ano, faz 21 anos justamente no dia do aniversário do Recife: 12 de março. Cursa o 3º período de administração na Unicap. Antes, chegou a fazer direito, mas parou no 4º período. Ele é o quarto filho de Jarbas.
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