A notícia sobre o valor do novo Piso Nacional do Magistério, que segundo o Ministério da Educação (MEC), será de R$ 1.451, causou preocupação entre os prefeitos. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o novo valor estabelecido vai sacrificar a maioria dos municípios. Pelos dados levantados pela entidade, para cumprir a lei do piso e manter a carga horária de trabalho em sala estipulada pela lei, os municípios precisarão fazer contratações adicionais. Conforme o estudo, para a jornada de 40 horas semanais, o reajuste pode representar aumento de 22,22% sobre o valor do ano anterior.
700 prefeitos e 13 representantes de governos estaduais estiveram presentes em Brasília pedindo alterações na forma de cálculo do Piso Nacional do Magistério. Alguns chegaram a falar em reajustes de 6%.
O MEC alega que tem aumentado o repasse de verbas para os municípios e atesta o óbvio: É preciso recuperar o salário dos professores. Para o Ministro Mercadante: "É necessário que o Brasil entenda que nós precisamos resgatar a profissão dos professores. Valorizar o professor do Brasil se nos quisermos ter educação de qualidade". Para o representante dos professores os governos e municípios precisam gastar melhor o dinheiro que tem.
A TESOURA NOSSA DE CADA DIA
Gostaria de ver um dia Prefeitos que se mobilizassem contra o aumento dos próprios salários que as vezes são reajustados em mais de 70%. Ou quem sabe, neste sonho louco, que contratos e licitações de muitos municípios não fossem superfaturados. Muitos municípios chegam a brigar por alunos para aumentar as verbas que recebem do Ministério da Educação. Reclamam que não tem dinheiro mas nunca conseguem justificar ao MEC porque o dinheiro é insuficiente.
Parece que muitos prefeitos vão ter que voltar a estudar a tabuada da seriedade e do compromisso com a coisa pública.
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