sábado, 16 de fevereiro de 2013

O DESAFIO DE MARINA SILVA


Matéria do portal IG


Partido da ex-senadora Marina Silva tem o desafio de ultrapassar passos burocráticos até setembro para disputar as eleições em 2014, embora ela negue que seja prioridade



Um dos coordenadores da criação do partido Rede, Pedro Ivo confirmou na manhã deste sábado (16), no encontro nacional de criação da legenda, em Brasília, que ele já nasce com sete parlamentares, sendo quatro deputados federais e três vereadores. Vão integrar a nova legenda os deputados federais Domingos Dutra (PT-MA), Walter Feldman (PSDB-SP), Alfredo Sirkis (PV-SP) e a deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ). Entre os vereadores estão Ricardo Young (SP), Jefferson Moreno (RJ) e a ex-senadora Heloísa Helena (AL).

Estes parlamentares ainda não vão se desligar de seus respectivos partidos. Isto deve acontecer apenas após a criação oficial do partido Rede, que deve ocorrer provavelmente em setembro.

O novo partido da Marina Silva tem o desafio de conseguir ultrapassar todos os passos burocráticos até setembro para estar apto a disputar as eleições de 2014. Depois da coleta de 500 mil assinaturas, o pedido de registro da nova legenda ainda passará pela apreciação do TSE. "Vamos dedicar os próximos três meses para a coleta de assinaturas. Não será difícil", disse o deputado Walter Feldman (SP).

A ex-senadora Marina Silva negou, no entanto, que a nova legenda tenha como prioridade a disputa das eleições de 2014. Marina é apontada como uma possível presidenciável pelo Rede. Segundo ela, a criação deste novo partido visa encobrir um vácuo ético, cultural, social e de valores. "É um partido para questionar a si próprio. Não pode ser um partido para eleição. Estamos disputando uma nova visão de mundo”, afirmou no encontro.

Dizendo que são "diferentes", Marina defendeu alianças partidárias. "Nós não seremos nem oposição nem situação à Dilma (Rousseff). Se a presidente estiver fazendo coisa boa para o Brasil, somos favoráveis. Se ela for contra o Código Florestal, o voto é contrário. Podemos fazer alianças pontuais. Não precisamos eliminar sonhos. Mas é preciso que fique claro que somos diferentes.

Marina Silva criticou o que ela chamou de movimento em caráter mundial destituindo valores econômicos, sociais e políticos. Para ela, a humanidade vive “uma crise civilizatória que não é fácil de ser enfrentada”.

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