sexta-feira, 15 de junho de 2012

Itapuama FM divulgará pesquisa de opinião sobre as eleições em Venturosa

Podemos esperar algo de novo?

A cidade espera "ansiosa" por mais uma pesquisa do Instituo IPEC. A última pesquisa divulgada oficialmente data de 03 de Dezembro de 2011. Nela o pré-candidato do PR, o senhor Ernandes da Farmácia aparecia com 46% das intenções de voto, seguido por Donizete 18%, Ademar da Saúde 13%, Adelson 8%, Ranulfo 8% e Lemos da Loteria (Seu Lemos) 4%.

Como dito anteriormente neste blog, foi estranho a muitos o crescimento do pré-candidato Ademar só após o anuncio oficial da retirada de seu nome da disputa para ser o candidato do PR.

Em uma pesquisa divulgada "de boca em boca" pelos cabos eleitorais governistas há mais de um mês os números seriam de 68% a favor do candidato Ernandes e apenas 24% do pré-candidato Lemos, o que causou questionamentos até mesmo nos partidários favoráveis a Ernandes da Farmácia, pois este seria um novo fenômeno político, maior, inclusive, que o prestígio do atual prefeito.

Hoje partidários afirmam na internet que Ernandes atingiu os 63% das intenções de voto contra 30% do pré-candidato Lemos, restando apenas 7% para a margem de votos brancos/nulos e indecisos.

Como o de práxis nas pesquisas IPEC o contratante formal é sempre a Rádio Itapuama FM. Mas como os cabos eleitorais do governo municipal já conhecem o resultado desta pesquisa antes de sua divulgação? Nas redes sociais também já consta a suposta rejeição do pré-candidato Lemos. De tão alta causa ainda mais espanto, só sendo aceita para pessoas que cometeram gravíssimos delitos ou crimes barbaros como o casal Nardony ou o homem que atirou em João Paulo II!

As margens de erro geralmente declaradas pelo IPEC também são altas: 5%. Institutos como o Datafolha, por exemplo, admitem o máximo de 3% de margem de erro em suas pesquisas.

Embora não possua meios para questionar cientificamente um Instituto de Pesquisa, posso, como ser pensante, indagar sobre tais acontecimentos.

A cultura das pesquisas de intenção de voto. Resultado é certeza da vitória?


Foi cristalizada em nossa cidade uma ideia erronea acerca das pesquisas de intenção de votos: a de que seus índices são imutáveis como as palavras da Bíblia. Pesquisas de intenção de voto aferem os anseios de determinados grupos sociais em um momento específico e nem sempre ditam o final que apontam.


Dois casos célebres: O dono do Ibope declarou antecipadamente que Dilma não seria eleita presidente. Errou feio!



Os institutos pernambucanos apontavam a possível vitória de Humberto Costa sobre Mendoncinha, com um Eduardo Campos praticamente excluído da corrida pelo Palácio das Princesas. Eduardo hoje é governador reeleito que sonha com o Palácio do Planalto.



Mas não cabe a oposição apenas criticar e questionar tais acontecimentos relativos a divulgação de pesquisas pela ala governista de Venturosa. Deve ela refutar tais números com outros números científicos obtidos por meio de pesquisas realizadas por institutos sérios e isentos.

Segundo algumas pessoas ligadas ao grupo oposicionista a pesquisa será efetuada entre o final de junho e começo de julho. Até lá a única coisa que a população terá são os números do IPEC e os questionamentos levantados com sensatez.


Uma pequena fábula para encerrar


Era uma vez há muitos, muitos, muitos e muitos anos atrás, nobres que cuidavam da campanha do Príncipe Encantado para o mais perfeito do Reino. O Príncipe era querido pelo povo e muito vaidoso. Os números mostravam que muitas pessoas do Reino gostavam do Príncipe Encantado, mas ele queria mais. Então um nobre pediu para que o ferreiro jogasse os números no fogo, os derretesse e criasse um número bem maior.
_ Isto é certo? Perguntou o ferreiro.
_ Nós decidimos o que é certo. Retrucou o nobre.
_ E o povo?
_ O povo sabe do que queremos que ele saiba.
_ E a verdade?
_ É aquilo que dissermos que é verdade. O povo acreditará sem questionar. Nós somos os nobres e nós escolhemos o que é dito ou não, onde e quando será dito e o povo tem apenas o dever de escutar.
A contragosto o ferreiro fundiu os números, formou um bem maior e entregou ainda quente ao nobre. Era pesado e parecia bem verdadeiro. O nobre gostou.
_ Esse sim vale a pena mostrar. E saiu contente para mostrá-lo aos outros nobres, para que estes contassem ao povo e o ferreiro ficou triste porque viu que até mesmo o ardil pode virar verdade se for amplamente repetido por aqueles que detém o poder sobre o povo.

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