terça-feira, 6 de setembro de 2011

Independência ou morte? E eu tenho escolha?




Nosso país não possui uma tradição patriótica. Um dos nossos ilustres ex-presidentes ao deixar o poder afirmou que se irritava com as comemorações da independência. Ele (FHC – O farol de Alexandria para Paulo Henrique Amorim) chegou a afirmar que era tudo “besteira”.
Ainda não compreendi nossa falta de apego com o Dia da Independência. Não sei se ele nasce da continuidade do poder de Bragança sobre o Brasil, de uma República feita pelas elites e para as elites ou ainda pelo péssimo exemplo de nossos governantes que continuam a espoliar o povo. Um país sério talvez tivesse assistido a condenação de Jaqueline Roriz ou a prisão de Daniel Dantas.
Mas o país do futebol (#foraricardoteixeira) ainda é um democracia jovem e omissa, conivente e com uma irritante passividade. Talvez tenhamos gastado nossas últimas forças com a reabertura e o impeachment de Collor. Suspiro e rezo para que não.
Tento manter a esperança viva, mas é tão difícil. Talvez se pensasse bem a esperança faz parte da minha profissão. Sou professor e a esperança faz parte ( esperança por melhores condições de trabalho, melhores salários, reconhecimento profissional e pessoal, quem sabe o quase inalcançável reconhecimento como ser humano e não como bode expiatório ou redentor da nação). Talvez a tivesse se minha fé não fosse testada a cada ano, se houvesse o mínimo de respeito para com minha categoria.
Em pleno dia 07 de setembro estarei com meus alunos honrando a pátria. Uma Pátria que ainda não sabe nos honrar. Estarei também trabalhando enquanto servidor público para honra e glória do governo  de Pernambuco. (Talvez outros estejam m ainda mais descontentes. Serão obrigados a homenagear pessoas que talvez merecessem duras críticas). E no dia seguinte, depois de ter trabalhado arduamente  terei ser vassalo do sistema e retornar livremente amordaçado para mostrar aos meus alunos que todos os anos de estudo e dedicação são recompensados com assédio moral e alienação. Que é assim que saudamos nossa pátria amada e idolatrada, resignados, temerosos, desmotivados, perpetuando injustiças e sem o fundamental direito do pensar.
Saudemos a Pátria, o porto de Suape, a copa do Mundo, as Olímpiadas, o crescimento do PIB e um sentimento e uma profissão que estão morrendo nas mãos do tecnicismo e do deus mercado e da sua idolatria capital.
VIVA A NOSSA DEMOCRACIA! VIVA OS NOSSOS DIRIGENTES ILUMINADOS! VIVA A CONIVÊNCIA DO NOSSO POVO QUE TUDO ACEITA PARA MANTER A ORDEM E POUCO FAZ PARA ATINGIR O PROGRESSO.

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