Em 1822 alguém bradou por tua liberdade. Mas só bradou, deixando teus negros cativos e teus filhos de origem à margem de tudo, tendo suas terras tomadas, suas mulheres violadas e seus filhos deixados sem herança nesta terra que era sua Mãe.
Depois falaram mais uma vez em liberdade. Aos escravos foram abertas as portas das senzalas e apresentadas as estradas, os becos e as vielas. Foi-lhes negado o direito à educação, moradia, trabalho, dignidade e respeito.
Tempos depois, a liberdade foi defendida mais uma vez. E veio o Estado Novo e toda máquina repressora do nosso ditador democrata que paradoxalmente foi amado como pai dos pobres.
E logo após marcharam com Deus pela pátria, pela família e pela liberdade! E as forças armadas nos ensinaram com cassetetes, torturas, tiros e opressão o quanto a liberdade é preciosa e que todos somos iguais na morte dos sonhos.
E veio a tão sonhada Democracia. Elaborou-se a mais humana Carta Constituinte, a mais bela lei já vista. E a letra morreu. Continuamos com os nosso milhões de miseráveis, analfabetos de letra e espírito, ditadores eleitos pela vontade popular que se arvoram em defensores do povo quando na verdade são aves de rapina cruéis e sanguinárias, parasitas que infectam as veias e artérias de nossa nação.
E então o povo começou a entoar por voz própria a cantiga da liberdade. Primeiro de forma tímida, depois escancarou a garganta e se tingiu com a bandeira. De cara pintada foi as ruas e exigiu o poder que outorgara a um presidente corrupto de volta para suas mãos.
Uma democracia frágil que elegeu um príncipe da sociologia que foi contra os seus escritos e arruinou-se em sua intelectualidade. Mas a ânsia da liberdade prosseguiu. E das entranhas da metalurgia o povo clamou por um homem do povo, experimentado nas dores, vitimas do mesmo preconceito que os afligiu durante todos os anos desse Brasil que conhecemos e elegeu presidente um nordestino ex-retirante, ex-boia-fria, ex-operário e ex-derrotado.
E nosso Brasil começou a mudar. E então veio a mosca azul e o PT mostrou ser igual a todos os outros partidos. Falho e infestado por corruptos. Sangrou e ficou exausto, mas sobrevive em busca da cura.
E o povo continua a sonhar com sua liberdade não alcançada. E esse sonho só será possível quando finalmente entendermos que a mudança depende de nós e não dos iluminados que esperamos para nos guiar no caminho.
Celebremos o dia da Independência com a nossa Independência plena. Pense sozinho! Não deixe que ninguém te diga como pensar, como sentir, de que gostar, em como se deve fazer amor, em suma: de como se deve viver!
Tente ser independente e solidário e, se possível, se enxergue como membro da sociedade, um ser responsável por sua harmonia e continuação. Dê um basta a corrupção em sua cidade, em seu estado e no país.
Entre outras mil és tu Brasil ó Pátria Amada.
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria Amada, Brasil!
Emerson Luiz.
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