A greve nacional dos bancários, que já foi classificada pela categoria como a maior dos últimos 20 anos, chega ao seu 21º dia nesta quarta-feira (9) com nova assembleia para avaliar os rumos do movimento. O encontro na sede da entidade no Recife (Av. Manoel Borba, 564, na Boa Vista) está marcado para as 18h.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou nesta terça (8) um ofício à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) comunicando as decisões das assembleias realizadas ontem em todo o país. A categoria - que no estado é representada por cerca de 12 mil trabalhadores - rejeitou a contraproposta do patronato, divulgada na última sexta (4), que elevava o reajuste de 6,1% para 7,1%.
No documento, os representantes sindicais informaram que o comando "permanece à disposição para continuar as negociações para a apresentação de uma proposta satisfatória dos bancos, que atenda de fato às reivindicações econômicas e sociais da categoria".
Ao todo, 11.748 agências, centros administrativos e call centers em todos os estados e no Distrito Federal permaneceram fechados na terça-feira. De acordo com a entidade, houve um crescimento de 91,1% em relação ao primeiro dia da paralisação, em 19 de setembro, quando 6.145 dependências fecharam as portas.
"Os bancos acharam que nos venceriam pelo cansaço. Mas os bancários estão demonstrando extraordinária capacidade de luta e que têm fôlego para aumentar a greve ainda mais e forçar a Fenaban a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações por aumento real, valorização do piso, PLR melhor, proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
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