terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LAFAETE VAZ, FILHO DE VENTUROSA, COLABORA COM MATÉRIA DO GLOBO ESPORTE


EMBORA ESSE NÃO SEJA UM BLOG ESPORTIVO, tenho a alegria de republicar matéria do Globo Esporte.com por se tratar de uma colaboração do amigo Lafaete Vaz para o site. O jovem venturosense hoje reside em Caruaru e já atua no meio jornalístico. Filho do poeta Lafaete Vaz , o jovem Lafaete traz as letras e o dom de se comunicar impresso em seu dna e tem orgulhado e muito a cidade. Parabéns Lafaete!

Tradição dos papangus une carnaval e futebol no interior de Pernambuco.

Partida de futebol dos papangus é realizada há 14 anos na cidade de Bezerros, no Agreste do estado. Estádio Municipal recebe centenas de torcedores para o jogo

Por Bezerros, PE
times papangus (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Times de Papangus unidos antes de a bola rolar no Estádio Tenente Luiz Gonzaga (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)
Já imaginou encontrar carnaval e futebol, duas das maiores paixões dos brasileiros, em um só lugar? Não estamos falando dos jogadores que aproveitaram as folgas para festejar nos desfiles das escolas de samba ou em trios elétricos. Mas de uma partida "oficial", que mistura a cultura popular e o esporte em pleno feriado. É o "futebol dos papangus", realizado há 14 anos no interior de Pernambuco.
A cidade de Bezerros, no Agreste, localizada a 107 km da capital Recife, é conhecida por ter um dos carnavais mais procurados do estado. Os homens mascarados e com roupas que cobrem todo o corpo saem correndo pela cidade, fazendo brincadeiras e animando a festa de momo desde o século XIX. São os papangus. Agora, mais de 100 anos depois, eles também correm atrás de uma bola ao som de muito frevo.
A partida tem as regras de um confronto oficial. Onze da cada lado, uniformes diferentes, técnicos, arbitragem, campo com medida padrão, entre outras semelhanças do futebol profissional. A única diferença são as máscaras. Todos os participantes do jogo são obrigados a utilizar o adereço. O organizador do evento, José Carlos da Silva, diz que a festa surgiu porque não havia nenhuma comemoração na terça-feira pela manhã.
- O evento surgiu em um dia em que a festa só ia começar às 15h. Sentíamos um vazio na parte da manhã. Aí Juntamos um grupo e jogamos logo cedo. Deu certo. Agora, todos os anos, fazemos o carnaval desportista, depois todo mundo vai pro frevo para confraternizar. Graças a Deus, virou um sucesso. 
jogador papangu (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Seu Antonio se refrescando durante o intervalo do jogo (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)
A partida deste ano foi realizada entre o XV de Novembro e o América, dois times amadores do município. A música era o combustível dos atletas, o frevo não parou de tocar nenhum momento. Mas, dentro das quatro linhas, foram muitos lances engraçados. Antônio dos Santos, de 45 anos, joga desde a primeira edição da festa e fala sobre a brincadeira.
- Sempre que recebo o convite, venho jogar. É uma satisfação muito grande brincar aqui com meus amigos. Torna-se um encontro feliz e uma grande confraternização depois da partida.  
O jogo terminou 3 a 2 para o XV de novembro, mas quem realmente venceu foram os quase 3 mil torcedores que saíram de casa para assistir ao jogo no Estádio Municipal Tenente Luiz Gonzaga. O riso e a alegria permaneceram nas arquibancadas durante o duelo. A edição de 2015 homenageou Antônio Valmir e Sebastião Gomes, dois baluartes do futebol local.
*Lafaete Vaz colaborou, sob a supervisão de Vital Florêncio.
papangus disputando bola (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)Papangus disputando bola durante o jogo entre América e XV de novembro (Foto: Lafaete Vaz / GloboEsporte.com)

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