quarta-feira, 7 de maio de 2014

Eduardo Campos criticou o Mais Médicos, mas ainda assim diz querer mantê-lo


O presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou que, se for eleito, pretende manter o Programa "Mais Médicos", do Governo Federal. De acordo com o ex-governador de Pernambuco, seu possível governo vai trabalhar para que os cubanos recebam o mesmo salário que os brasileiros. O peessebista também disparou mais uma crítica à presidente Dilma Rousseff (PT), ao dizer que o programa foi criado apenas para que a petista tivesse algum discurso para fazer na área de saúde.
"Não vamos retirar médicos de comunidades que não têm outra alternativa", afirmou Campos, nesta terça-feira (6), durante encontro com profissionais de saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "O debate [sobre o Mais Médicos] descambou para o eleitoral, para que o governo tenha discurso. O governo estava diante de um tema forte na consciência do Brasil e não tinha o que colocar", alfinetou.
Nos últimos dez dias, Campos disse que manterá dois programas considerados marcas nos governos Lula e Dilma, ambos do PT. No último dia 25 de abril, o ex-chefe do Executivo pernambucano disse que o "Bolsa Família" "veio para ficar" no Brasil. Ao prometer a continuidade dos dois programas sociais, o presidenciável adota mais uma estratégia para conquistar parte do eleitorado petista. Além desta tática eleitoral, o peessebista enaltece a gestão de Lula e critica a da atual chefe do Executivo federal, pré-candidata à reeleição, uma forma de dizer que não é o problema do País não é o PT, mas sim a presidente Dilma.
Bolsa Família e Mais Médicos
Principal programa de transferência de renda do País, o Bolsa Família completou dez anos em 2013 e beneficia mais de 50 milhões de pessoas em todo o Brasil. No último dia 1, a presidente Dilma anunciou, em rede nacional, um reajuste de 10% no Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do programa Brasil sem Miséria. A medida, que entra em vigor a partir de junho, vai gerar um impacto de R$ 1,7 bilhão nas contas do governo em 2014 e, para 2015, a iniciativa implicará em R$ 2,7 bilhões em investimentos.
Segundo o site da Caixa Econômica Federal, integram a lista dos beneficiários famílias com renda mínima de R$ 70 por pessoa – mas, com o reajuste, o valor mínimo passará para R$ 77; famílias com renda de R$ 70,01 a R$ 140, que tenham em sua composição gestantes, mães que estão amamentando e jovens de zero a 16 anos incompletos. Também se beneficiam famílias com renda de R$ 0,00 a R$ 140, com adolescentes de 16 e 17 anos.
Por sua vez, o Mais Médicos, criado no segundo semestre do ano passado, beneficia cerca de 49 milhões no Brasil. No mês passado, o governo federal atingiu 100% de meta, ao contratar 13.235 médicos par atuar em 4.040 municípios. Mais de 70% dos profissionais estão alocados em cidades com algum critério de vulnerabilidade, tais como regiões do semiárido brasileiro, periferias de grandes centros, centros quilombolas ou de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo ou muito baixo.
Segundo o Ministério da Saúde, o Sudeste e o Nordeste são as regiões onde estão concentrados o maior número de profissionais, com 4.170 e 4.147 médicos, respectivamente. Depois vem o Sul, com 2.261, seguido pelo Norte (1.764) e pelo Centro-Oeste (893). Outros 305 médicos estão atuando em distritos indígenas.

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