terça-feira, 31 de março de 2015
O ESTELIONATO ELEITORAL DE PAULO CÂMARA, A PROMESSA NÃO CUMPRIDA AOS PROFESSORES E O DRAMA DA EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO
Hoje a presidente Dilma é acusada
de estelionato eleitoral pela oposição. A crítica/acusação se baseia no fato
de, enquanto candidata a reeleição, Dilma ter dito que a economia estava
segura, que a inflação era invencionice da oposição e de que não iria mexer em
qualquer direito nem que a vaca tossisse.
Ora, pouco tempo depois o que
vimos foi um pacote de ações tão à direita que deixaria qualquer tucano
orgulhoso. Dilma fez o que condenou em campanha, o que condenou nos discursos
de Aécio e Marina, o que os eleitores dos respectivos candidatos diziam querer
para o Brasil. Hoje a presidente sofre traições diárias de sua base, o
eleitorado da oposição parece que só aceitaria tais ajustes (hoje assumidos
como necessários) se vindos de seus candidatos e o eleitor de Dilma se sente
como se à deriva num turbilhão de desinformações, escândalos e ameaças de golpe
e ressurgimento de ideias fascistas em nosso país.
Mas o que me intriga é que em
Pernambuco, estado do Nordeste que foi apontado como locomotiva da região, o
candidato eleito com a promessa de governar como Eduardo, com eficiência,
crescimento e desenvolvimento, apresentado como super secretário da fazenda,
como homem que ajudou (nos bastidores) a fazer do estado o que ele era e por
isso era o mais apto a liderar e gerir a terra dos altos coqueiros caminha na
contramão do seu discurso e tolhe direitos dos professores, não é alvo de
críticas, nem da imprensa nem dos “revoltados online”.
Paulo Câmara prometeu em campanha
que dobraria o salário dos professores. Hoje se recusa a pagar o reajuste
garantido pela lei do piso nacional do magistério. Justifica por um de seus
secretários que o estado está no limite da lei de responsabilidade fiscal.
Como, Paulo? Quem gerou tamanha dívida? O ex-secretário de fazenda, o homem que
ajudou Eduardo? O homem que hoje é governador? O deputado Sílvio Costa Filho
disse acertadamente que é uma dívida que Paulo deixou para Paulo.
Onde estão as medidas de
contenção de despesas? Nos milhões que serão entregues aos prefeitos por meio
do FEM, um programa eleitoreiro para manter a base fiel nos municípios
pernambucanos? Talvez na quantidade de secretarias que abrigam aliados
derrotados ou deputados eleitos que matreiramente não assumem seus mandatos
para que estes sejam exercidos por suplentes que votarão sempre de acordo com a
cartilha do governo?
Educação é coisa séria. Ela não
depende apenas de salários, concordo. Mas precisa de bons profissionais. Há
anos que o estado de Pernambuco enfrenta o déficit de professores de Química,
Física e Matemática. Há mais de dez anos que os melhores mestres estão
abandonando as salas de aula por não encontrarem condições adequadas e por não
serem devidamente valorizados. É duro ter de trabalhar três turnos para manter
a família, pagar a prestação da casa ou do carro e não ter vida social. É duro
ser vítima de estelionato eleitoral.
Jornais de grande circulação
apontaram uma dívida de oito bilhões em Pernambuco. O mesmo estado que paga a
mais a uma empreiteira por uma Arena que ninguém, além de um presidenciável,
queria. O mesmo que gasta mais de um milhão num bufet, que gastou centenas de
milhares de reais com bolo de rolo, outras centenas em banheiros construídos em
um zoológico, o mesmo com alguns dos impostos mais caros da federação, alguns
cobrados, inclusive, sobre a água mineral.
Um estado onde algumas Escolas de
Referência funcionam sem as mínimas condições. Onde se debate qualidade de
ensino sem a presença de professores, professores que são ameaçados, assediados
e tem os seus direitos negados.
Onde está o povo que quer mais
educação? Os jovens que querem os seus direitos? Não ouço os sons de panelas
quando o governador e o prefeito de Recife aparecem na televisão, em horário
nobre, para falar no que seu partido fez pela educação nesse estado.
Não acreditei na promessa de ver
meu salário dobrado. Não votei no senhor Paulo Câmara (Essa pequena frase será
o bastante para que os apaixonados queiram desqualificar todos os argumentos
elencados anteriormente) e fui crítico de muitos aspectos da política
educacional do PSB, mas nem em meus piores pesadelos esperei ver educadores
sendo tão massacrados.
Os professores que acreditaram
nas propostas de Paulo para a educação foram vítimas de estelionato eleitoral?
Mentir é feio. Nessa proporção
chega ser imoral.
segunda-feira, 30 de março de 2015
SOBRE A MORTE E A PERDA DE AMIGOS
“E o que a gente vira quando vai embora de alguém?
E o Senhô respondeu:
Uns viram pó. Outros caem igual
estrela do céu. Outros só viram a esquina
. E
tem aqueles que nunca vão embora.
Não? E eles ficam onde, Senhô?
Na lembrança.” Texto atribuído à
Caio Fernando Abreu.
Diante da dor da perda, da ausência sem retorno, da
ferida que não cicatriza, o mistério da Morte nos apanha em cheio. Não há
palavras que preencham o vazio trazido por ela, nenhum explicação plausível
paras as tantas dúvidas que ela traz. Muitas vezes a irmã morte desperta em nós
um ódio que sequer conhecíamos em nosso peito.
Mas para os que tem fé, a irmã Morte pode representar a
vitória dos que creem numa vida posterior a essa, uma vida eterna que não
desfrutaremos porque merecemos tê-la, mas porque foi nos ofertada de Graça,
pelo sacrifício daquele que atraiu para si os nossos pecados e nos livrou de
toda a condenação.
Isso não quer dizer que nos iremos ficar felizes quando a
irmã morte vier nos visitar ou tirar de nosso convívio quem amamos. Iremos
passar por todos os estágios da dor, da negação à revolta, da aceitação à
necessária superação.
A morte é o romper do casulo. É o passagem para um plano
de existência maior. Somente em Deus teremos forças para aceitá-la, mas em
nossa humana condição, talvez nunca cheguemos a compreendê-la.
O Mestre dos Mestres nos disse que ao acreditar nele, a
venceremos. Não que ela não nos toque mais, ou que sua passagem não nos cause
dor. Mas sua visita tem outro significado. Ela não marca mais um fim, e sim uma
passagem. Como o rio que se encontra com o mar e também passa a ser mar ao
deixar de ser rio.
Na dor podemos até brigar com Deus, mas nunca nos virar
contra Ele. É dEle que virá nossa força, é nEle que teremos vida e é por Ele
que todos seremos transformados.
A morte, como fim, foi derrotada. Que saibamos enxergá-la
como mais uma etapa, uma passagem que há de conduzir a todos ao encontro com o
Deus que nos criou e nos chama, por amor, ao retorno à pátria celeste.
Emerson Luiz
- Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar.
Quando eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz. (Tom
Jobim)
Morrer não é acabar, é a suprema manhã. (Victor Hugo)
sábado, 28 de março de 2015
STJ nega agravo ao prefeito de Pedra e Zeca Vaz pode perder cargo!
A NOTÍCIA FOI PUBLICADA NO BLOG DE JAMILDO Cópia de uma sentença do STJ que saiu no Diário Oficial de Justiça Eletrônico, nesta sexta-feira, dia 27 de março, e que deve ser publicada próximo dia 30, mas já em poder do Blog de Jamildo, trata do julgamento de um recurso cuja decisão, desfavorável ao prefeito de Pedra, José Tenório Vaz, e que pode acarretar na cassação do atual prefeito, conhecido como Zeca Vaz, por improbidade administrativa, numa ação que já rolava há muito tempo na Justiça.
O vice-prefeito de Pedra, Elias Soares, poderá ter de assumir o mandato.
Confira a matéria completa CLICANDO AQUI
quinta-feira, 26 de março de 2015
Era tão bom, se fosse mentira….
do blog de jamildo
Por Michael Zaidan Filho
Essa foi a reação da ex-presidenta da Petrobras, Graça Foster, quando inquirida sobre o propinoduto descoberto nos contratos da estatal com um cartel de empreiteiras. Disse ela que foi surpreendida, quando estava no comando da empresa, e se sentia envergonhada com as propinas pagas a políticos e funcionários públicos pela construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco.
Seria tão bom, se fosse mentira que Paulo Roberto Costa, o delator premiado, não tivesse confessado à polícia federal de Curitiba que teria pago ao ex-presidente do PSDB, o pernambucano Sérgio Guerra, velho conhecido de outra CPI, a bagatela de 10.000.000 para que este abafasse a criação de uma CPI no Congresso Nacional. Seria tão bom se não fôsse verdade que o mesmo indivíduo não tivesse confessado ter repassado para o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Aciolly Campos, 20.000.000, através do hoje senador Fernando Bezerra Coelho, pelos contratos da Refinaria Abreu Lima; dinheirama usado para financiar as campanhas eleitorais do político do PSB, em 2010-2011. Seria tão bom se o atual governador do estado não tivesse intermediado a compra do avião do ex-governador que caiu em São Paulo….
0 fato é que tudo isso aconteceu e as responsabilidades civis e penais têm de ser apuradas. Quem foi pego com a mão na cumbuca que responda pelas acusações que estão sendo feitas pelos delatores da Operação-Lava-a-jato. Não é crível nem aceitável que a impunidade se estabeleça sobre esses políticos. A eleição de ninguém serve como indulto ou remissão dos pecadilhos cometidos pelos financiadores públicos e privados de campanhas eleitorais no Brasil. Gestores e parlamentares eleitos através de propinas oficializadas através de doações “legais” não podem posar de líderes impolutos, preocupados, somente, com o interesse público. A impunidade é a mãe de todos os males no Brasil. Como é que campanhas eleitorais que se desenvolvem no meio de todas as suspeitas de caixa dois podem ser ignoradas pela Justiça Eleitoral, só porque os candidatos deste ou daquele partido foram eleitos?
Mais grave é quando o chefe da Oposição, ele próprio se elege num palanque financiado por caixa dois. E o presidente de seu partido (DEM) é denunciado e investigado por ter recebido uma propina de 1.000.000 de reais de uma empresário potiguar! Com que autoridade moral pode falar esse líder, com o dedo sujo, manchado da corrupção eleitoral. 0 nosso país está se tornando um circo de horrores, onde só se apresentam bandidos e criaturas teratológicas (ocupando, aliás, cargos da mais alta importância). É como diz a música popular: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. Pelo visto aqueles que se investiram da função de fiscais da moralidade pública são os mais sujos e indignos.
É necessário acreditar que a Justiça Federal, o Ministério Público e a Policia sejam capazes de fazer o seu trabalho até o fim, sem medo e sem ódio, para que o exemplo da prática da corrupção pública não alimente a corrupção privada. E o imaginário social do povo brasileiro continue a achar que o crime compensa. Sobretudo o crime de colarinho branco.
quarta-feira, 25 de março de 2015
UMA BOA NOTÍCIA. EM BREVE VENTUROSA PODERÁ CONTAR COM MODERNAS OBRAS DE SANEAMENTO. 24 MILHÕES DE REAIS DEVEM SER INVESTIDOS.
Imagem ilustrativa |
Em tempos de crise hídrica, agravados pela maior seca dos
últimos 50 anos, o anúncio de obras para escoamento e tratamento dos esgotos de
Venturosa merece destaque. Todo o centro da cidade e ruas adjacentes passarão
por obras em sua rede de esgoto. As águas que antes iam para o antigo açude da
Cilpe irão para estações de tratamento e depois devolvidas aos cursos dos rios
que cortam a cidade. Um projeto ambicioso e futurista, mas extremamente
necessário.
Imagine o impacto na vida dos venturosenses, desde a geração
de empregos diretos, quanto no desdobramento para atividades agrícolas e
comerciais. As águas devolvidas aos cursos dos Rios dos Bois e Ipanema estarão
em condição de consumo humano e, junto
com as obras da transposição, poderão pôr um fim ao drama de uma cidade sem
água.
A maior parte das verbas desse projeto serão custeadas via
empréstimos com o Banco Mundial e as ações serão coordenadas pela Compesa.
O projeto prevê, além da troca de toda a tubulação de
esgotos do centro da cidade, a limpeza de nossos córregos de água.
Peço aos leitores que nesse instante se dispam de olhares
partidários. Esse blogueiro não esteve entre aqueles que votaram em Ernandes e
por isso escreve sem paixão ou interesses eleitoreiros
Caso saia do papel, essa será uma das obras mais importantes
já realizadas em Venturosa. Ela trará grandes benefícios ao nosso comércio, e,
principalmente à qualidade de vida do povo. Ela deve ser acompanhada por uma
reeducação de nossa gente, que deverá adotar hábitos mais sustentáveis e um
maior respeito ao meio ambiente. Água é o recurso natural mais precioso do
planeta. Sem ela não há vida.
Nossa cidade nunca adotou políticas sustentáveis de respeito
ao meio ambiente. Nossos rios estão assoreados, sua mata nativa totalmente
desmatada. Talvez tenhamos uma chance de recomeço, que se não for devidamente
aproveitada não será repetida.
Nos arquivos da memória, que nem sempre são precisos,
percebo que uma iniciativa muito semelhante a essa foi realizada no governo do então
prefeito Iterbo Galindo, mas a cidade não tinha o número mínimo de habitantes
nem os aportes governamentais para receber tais investimentos. Por capricho do
destino ou justiça poética, Iterbo poderá ver um sonho realizado e estar
presente para atestar a paternidade do projeto.
terça-feira, 24 de março de 2015
Professores da rede estadual de Pernambuco paralisam as atividades nestas quarta e quinta
Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (23), os professores estaduais decidiram suspender as aulas nas próximas quarta (25) e quinta-feira (26). Estudam na rede estadual de ensino cerca de 650 mil alunos. Após a reunião, realizada no Teatro Boa Vista, a categoria saiu em passeata até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.
Os docentes estão em estado de greve desde a última sexta-feira (13). Eles discordam do projeto de lei enviado pelo governo estadual para a Assembleia Legislativa que prevê reajuste de 13,01% apenas para os professores com nível médio, que representam cerca de 10% da categoria. O vencimento, nesse caso, passaria para R$ 1.917,78. A proposta do Estado deixa de fora o restante dos mestres.
De manhã houve negociação da direção do Sintepe com os secretários de Educação, Frederico Amâncio, e de Administração, Milton Coelho. "Não houve avanço, apenas marcaram outra negociação para semana que vem", informou Fernando Melo, presidente do Sintepe.
Na próxima sexta (27), haverá uma nova assembleia, às 9h, também no teatro, para discutir a pauta de reivindicações.
Confira a nota enviada pelo Governo do Estado:
O Governo do Estado enviou projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) para reajustar os salários de 4.060 professores que passaram a receber abaixo do piso nacional definido pelo Ministério da Educação (MEC), após reajuste de 13.01% concedido em janeiro.
Com o cumprimento do piso salarial, retroativo a janeiro, o Governo do Estado, através das secretarias de Administração (SAD) e Educação (SEE) iniciou negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), com vistas a estabelecer percentual de reajuste para os professores com nível superior e que serão aplicados a todos os níveis da carreira.
Hoje aconteceu a segunda reunião com o Sintepe e novo encontro ficou marcado para segunda-feira (30.03), mostrando o compromisso do Governo com a negociação para definir o percentual de reajuste.
No curso das negociações, em Assembleia realizada hoje à tarde, foi decretada paralisação de dois dias, penalizando alunos das escolas públicas estaduais e seus familiares.
Em que pese atitude pouco comum de decretar paralisação com negociações em andamento, o Governo do Estado informa que manterá a reunião marcada para às 16h do dia 30 de março e reafirma que está assegurando o diálogo com a categoria para definir percentual de reajuste a ser aplicado a todos os níveis da carreira.
O Governo do Estado enviou projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) para reajustar os salários de 4.060 professores que passaram a receber abaixo do piso nacional definido pelo Ministério da Educação (MEC), após reajuste de 13.01% concedido em janeiro.
Com o cumprimento do piso salarial, retroativo a janeiro, o Governo do Estado, através das secretarias de Administração (SAD) e Educação (SEE) iniciou negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), com vistas a estabelecer percentual de reajuste para os professores com nível superior e que serão aplicados a todos os níveis da carreira.
Hoje aconteceu a segunda reunião com o Sintepe e novo encontro ficou marcado para segunda-feira (30.03), mostrando o compromisso do Governo com a negociação para definir o percentual de reajuste.
No curso das negociações, em Assembleia realizada hoje à tarde, foi decretada paralisação de dois dias, penalizando alunos das escolas públicas estaduais e seus familiares.
Em que pese atitude pouco comum de decretar paralisação com negociações em andamento, o Governo do Estado informa que manterá a reunião marcada para às 16h do dia 30 de março e reafirma que está assegurando o diálogo com a categoria para definir percentual de reajuste a ser aplicado a todos os níveis da carreira.
POUCO COMUM É UM CANDIDATO PROMETER DOBRAR O SALÁRIO E AO ASSUMIR SE NEGAR A REAJUSTAR O MÍNIMO EXIGIDO PELA LEI
MESMO COM POPULARIDADE EM BAIXA HISTÓRICA, MERCADO REAGE POSITIVAMENTE AOS AJUSTES IMPLANTADOS POR DILMA. SEM RACIONAMENTO E SEM REBAIXAMENTO
Apesar de todo o massacre recente dos meios de comunicação, que contribuiu para o mau humor da população que se viu nas manifestações de 15 de março, o segundo governo Dilma tem dois motivos para comemoração – e eles estão nas manchetes desta terça-feira da Folha de S. Paulo e do jornal Valor Econômico.
A Folha destaca a decisão da agência internacional de risco Standard & Poors de manter a nota atribuída ao Brasil, que está nos países considerados bons pagadores, ou seja, com grau de investimento. A agência avalia que o ajuste fiscal capitaneado pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, é sólido e conta com apoio integral da presidente Dilma, que, ontem, reuniu vários ministros para defender a redução de gastos. "É preciso gastar mais com o Brasil do que com Brasília", disse ela. A S&P também avalia que o ajuste passará no Congresso, apesar dos problemas de articulação com a base aliada.
O Valor Econômico, por sua vez, publica relatórios de bancos de investimento, como o JP Morgan, que consideram cada vez mais remoto o risco de racionamento de energia no Brasil, em 2015 – ideia defendida, em entrevista deste fim de semana, pelo economista Armínio Fraga (ex-futuro-ministro da Fazenda de Aécio Neves). Segundo o JP Morgan, o racionamento será evitado não apenas porque o regime hidrológico melhorou, ou seja, choveu mais, mas também porque o aumento recente na conta de luz desincentivou o consumo, gerando mudanças no comportamento dos brasileiros.
Sem rebaixamento e sem racionamento, o Brasil estará mais apto a atravessar com mais rapidez o período de ajustes, podendo atrair investimentos e voltar a crescer antes do que se imagina. Segundo o ministro Nelson Barbosa, a economia já estará crescendo no terceiro trimestre deste ano.
Ainda que de forma não assumida, o "quanto pior, melhor" era uma das apostas da oposição. O ex-governador paulista Alberto Goldman defendeu, em artigo publicado na Folha, que a deterioração das condições econômicas seriam uma das condições para um eventual impeachment.
Com a nota de risco mantida e a hipótese de racionamento afastada, o tema mais urgente, agora, é evitar o colapso do setor de infraestrutura e da indústria naval, que vem sendo provocado pela Operação Lava Jato.
sábado, 21 de março de 2015
MAIS UM CAPÍTULO NA LUTA PELA CONSTRUÇÃO DA ESCOLA CÔNEGO EMANUEL VASCONCELOS
HOJE (Sábado - 21 de março de 2015), professores, representantes de pais e equipe gestora da Escola Cônego Emanuel Vasconcelos se reuniram com o secretário estadual de educação, Fred Amâncio para reivindicar a construção do prédio da referida escola.
.
O terreno foi comprado ainda na gestão de Eduardo Campos, com a promessa da construção da escola que funcionava em um prédio pertencente ao município de Venturosa e hoje está localizada em três prédios. As gestoras Maria Rosely e Maria de Lourdes apresentaram a situação ao secretário que se comprometeu a ajudar nessa luta incansável
.
sexta-feira, 20 de março de 2015
LEIA TRECHO DO LIVRO UMA HISTÓRIA VENTUROSA SOBRE A ORIGEM DA NOSSA CIDADE
É importante reconhecer que várias fazendas foram
instaladas no Sertão e Agreste pernambucanos. Distantes uma das outras essas
propriedades não contribuíram para aumentar a densidade demográfica dessa
região, até porque não precisavam de mão de obra em grande quantidade para
serem mantidas[i]. A
instalação de algumas famílias nas cercanias da freguesia do Ararobá,
precisamente nas terras que formariam a cidade, é sentida na formação de
comunidades e fazendas que foram batizadas de acordo com suas características,
como a existência de olhos d’água ou a predominância de determinadas espécies
da flora local. Assim nasceram os nomes dos sítios: Angico, Araçá, Barbado,
Barro Branco, Campo Grande, Carrapateira (a carrapateira era como se chamava a
mamona, fruto da mamoneira) e Olho d’Água, por exemplo.
Em “Conhecendo
o município de Venturosa”, uma cartilha elaborada pelas senhoras Maria
Nailda Alexandre e Genilda Correia Alexandre em 1994 para o Departamento
Municipal de Educação, lemos claramente que a cidade teria se originado a
partir da influência de uma fazenda de propriedade do Sr. José Antunes Bezerra,
por volta de 1878. Não podemos negar a importância dessa fazenda, mas durante a
pesquisa que culminou nesse trabalho, percebe-se que várias outras fazendas
foram fundadas nessa região e também desempenharam papel como agente de fixação
de novos habitantes e contribuíram significativamente na história municipal.
Manoel Antunes Bezerra já morava na fazenda
Buqueirão em 1844, onde comprou a João Antunes uma parte de terra que este e
sua esposa possuíam em Bucá, no Brejo da Madre de Deus. Os membros da família
Antunes Bezerra deram início a formação dessas fazendas e se mantiveram
relativamente próximos uns dos outros. Os hoje sítios Buqueirão e Barbado,
sedes das propriedades de Manoel Antunes Bezerra e José Antunes Bezerra são
limítrofes,
Em “Resquícios
coronelísticos” o professor Almir Bezerra levanta um ponto interessante.
Afirma que o local onde hoje se encontra a sede administrativa do município foi
antes um local de pouso, um rancho onde os almocreves paravam para se alimentar
e descansar em suas jornadas. Os almocreves eram comerciantes que transportavam
mercadoria no lombo de burros e foram muito importantes na história do país.
Alguns transportavam peixes do litoral para o interior e na volta traziam
frutas, verduras e outros itens. Num Brasil sem muitas estradas eles foram
essenciais para a comunicação entre as províncias e para o abastecimento de
pequenas vilas. Virgulino Ferreira, que se tornou o mitológico rei do cangaço
sob o nome de Lampião, foi também um almocreve antes de se insurgir e escrever
seu nome na história.
Nesse local de pouso surgiu um tipo de pousada de
propriedade de uma senhora chamada de Janoca, que desenvolvia uma atividade
comercial vendendo, entre outros itens, cocada de facheiro, doce de leite e
água para aliviar a sede dos viajantes. Essa choupana ficava onde hoje está
situada a casa do falecido Delmiro Alexandre, na Avenida Capitão Justino Alves.
Um observador atento pode perceber que a grande reta em que as casas
construídas seguem o sentido, a proximidade do açude (que infelizmente teve
suas águas poluídas), a localização da capela, sugerem que antigamente aquela
seria a ligação entre as diversas fazendas existentes e as cidades de Garanhuns
e Buíque. Arcoverde – antiga Rio Branco - e Pedra, por muito tempo foram
distritos de Buíque.
Prova disso são os impostos pagos pelo senhor
Aniceto Antunes Bezerra no valor de 2.000 contos de Réis em 1865 à coletoria
relativos à posse de 106 braças de terra da propriedade de Cacimbas, no distrito
do Tará, município de Buíque. Antes disso encontramos o pedido de dispensa para
contrair matrimônio feito pelos noivos Nicolau Francisco Bezerra e Anna dos
Anjos Bezerra, no de 1846. Os dois eram primos e já haviam requerido a dispensa
do impedimento por consanguinidade, já que a Igreja Católica desde o Concílio
de Trento, iniciado em 1545 e concluído em 1563, fez valer uma antiga
determinação na tentativa de impedir casamentos entre parentes até o quarto
grau de consanguinidade para evitar, ou melhor, diminuir o nascimento de
crianças com problemas genéticos comuns pela proximidade sanguínea dos noivos.
Veja que as pessoas que viviam nessa localidade às
vezes tinham que se deslocar até Buíque para resolver questões jurídicas e
eclesiásticas. A Freguesia de Pedra só seria criada em 6 de maio de 1863 e
passaria a categoria de vila em 1881.
Há evidências de que os grandes fazendeiros dessa
parte do Agreste pernambucano eram possuidores de escravos. Além do já citado
João Antunes Bezerra, encontramos o registro de uma escrava chamada Faustina, sem
profissão, matriculada sob o número 805 no registro geral do munícipio de
Buíque e que pertenciam às órfãs Maria e Santina feita pelo tutor das mesmas, o
senhor Aniceto Antunes Bezerra. A escrava tinha uma criança de colo de cor
parda, do sexo feminino, batizada por Maria. Esse documento foi registrado na
Província de Pernambuco, Município de Buíque, Paróquia de Pedra em 30 de
outubro de 1873. A escravidão só seria abolida no Brasil em 1888.
Embora poucos tenham conhecimento disso, durante o
século XIX a maioria dos escravos pernambucanos não estava na Zona da Mata, mas
no Sertão e no Agreste intermediário e, quase dois terços destes, pertenciam a
senhores que tinham entre 10 e 20 escravos[ii].
Na década de 1870, após o fim do tráfico intercontinental, o preço dos escravos
estava em queda na província de Pernambuco. A quantidade de escravos
encontrados nela também estava diminuindo com o tempo. No ano de 1823 foram
contabilizados 150.000 escravos e em 1872 esse número havia sido reduzido para
89.028[iii].
Mas possui-los ainda estava relacionado à ideia de poder e riqueza.
É importante pensar no Brasil dessa época. O país
de proporções continentais, o quinto maior do mundo e o maior da América
Latina, havia rompido laços com sua Metrópole há 51 anos, em 1822. Várias
rebeliões foram sufocadas para assegurar a unidade nacional. Um jovem de 14
anos, D. Pedro de Alcântara, foi feito imperador com o nome de D. Pedro II.
Rebeliões e agitações abalaram o país. Recife defendeu a limitação do poder
real, o voto livre e universal, a maior autonomia das províncias e a liberdade
de imprensa no Manifesto ao Mundo, o
programa da Rebelião Praieira. Infelizmente o fim da escravidão não passou pela
pauta dos grandes proprietários de terra. Com os conflitos que sufocaram as
rebeliões as elites se unem e esquecendo velhas rivalidades moldam o perfil
administrativo do país durante o Segundo Reinado. Os poderes estavam
concentrados em D. Pedro II, instituíram o parlamentarismo e não permitiram a
imensa maioria dos brasileiros o direito de participar da vida política e
criaram o Exército e a Guarda Nacional. Trocando em miúdos: o papel do Governo
era o assegurar os interesses da elite econômica.
Como veremos a economia também estava em processo
de mudança. O café que começou a ser cultivado em 1820se expandiu rapidamente
no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista. Na década de 1821-1830 o Brasil
produziu 3.178 sacas de café. Entre 1861-1870 já seriam 29.103[iv],
totalizando 1.746.180kg, já que cada saca possuía 60kg desse grão. O café seria
o carro chefe da economia brasileira durante quase todo o II Reinado e por toda
a República Velha. A partir de 1840 seria iniciado o surto industrial e as
transformações econômicas e sociais pelas quais o mundo passava incorreriam na
abolição da escravidão, no fim do padroado e no advento da República.
Nessa região Agreste havia duas atividades
econômicas predominantes: a criação de gado onde prevalece o clima semiárido e
o plantio de algodão e da agricultura de subsistência onde o clima era mais
ameno ou menos frequentemente afetado pela seca. A pecuária foi implantada
primeiro, sendo responsável por sua ocupação pelo elemento europeu e seus
descendentes nascidos no Brasil Colônia. Com a declínio dessa atividade foi que
se iniciou o plantio de algodão e outros gêneros agrícolas. Isso porque no
final do século XVIII o Brasil passou a exportá-los para países em condições de
liberdade. O algodão foi cultivado primeiramente no Maranhão e depois foi
difundido para os atuais estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e pequenas áreas dos estados da Bahia, São Paulo e
extensas áreas de Minas Gerais. O surto do algodão provocou grandes lucros na
década de 1870 e continuou a ser cultivado por décadas a fio no Agreste.
Em Venturosa há uma comunidade chamada de Ouro
Branco, provavelmente devido a ela ter se originado em torno do plantio do
algodão.
O algodão se adaptou bem as condições do Agreste e
do Sertão e resistia as intempéries das estiagens. Seu plantio atraiu
imigrantes e fez vir povoadores para as encostas de serras e beiras de estradas
ao longo do imenso território do semiárido.
Para compreender o nascimento da vila de Boa Sorte
é importante conhecer o que ocorria no âmbito regional. Os almocreves agora
faziam a rota inversa, Sertão com destino ao Agreste intermediário. O declínio
da pecuária e as duras secas fizeram que os sertanejos viessem comercializar
seus produtos e adquirir gêneros alimentícios como feijão, farinha e doces como
a rapadura de facheiro e o doce de leite entre outras coisas. O surto do
algodão entre as décadas de 1860, 1870 e até meados de 1880 que trouxeram mais
povoadores e mão-de-obra para a região e assim ampliavam as cidades existentes,
o fluxo de pessoas e mercadorias. Elementos que permitiram que muitas vilas que
se tornariam cidades nascessem desse processo.
- O nome
- As primeiras ruas
- A instituição familiar
- Atividades culturais
- Vida em comunidade
O
|
nome Boa
Sorte para designar esse lugarejo tem duas versões. Em uma delas três
grandes amigos que não se viam há muito tempo se encontraram ali. Como cada um
vinha de um lugar diferente ficaram emocionados com a afortunada reunião e um
deles exclamou: Que boa sorte, amigos,
termos nos encontrado aqui depois de tanto tempo! A sorte de um lugar de pouso
entre a longa viagem do Sertão ao Agreste, a sorte de poder comercializar e
voltar para casa com alimentos, a sorte de reencontrar o tesouro de se estar
entre amigos. O sentimento de euforia teria se espalhado naqueles que
presenciaram a cena e a partir dali todos se referiam ao local com o nome de
Boa Sorte. Em outra versão também muito conhecida é de que numa das grandes
secas que abateram a região, o fazendeiro José Antunes Bezerra enfrentou-a sem
passar por grandes danos. Parentes haviam mandado se informar de como estava e
ele teria dito que estava muito bem e que teve sorte em ter permanecido ali. Todos
concordaram que seu êxito se deu a sorte de estar em um lugar de boas
condições. Daí de essa região já ser chamada de Boa Sorte antes mesmo dos
almocreves percorrerem essa rota. Essas versões também estão presentes nos
depoimentos de Manoel Ramos, o Ramiro, João Bosco Morais de Oliveira e Rui
Quirino dos Santos[v].
Todos eles crianças quando a cidade ainda era distrito de Pedra e atendia pelo
nome de Boa Sorte. Rui Quirino chega a dizer: “Mesmo quando tinha o rancho e os almocreves passava, mesmo antes disso
já era conhecido como Boa Sorte”.
A sede do município nasce nas terras que teriam
pertencido ao senhor Valeriano Santos. Entre o final do séc. XIX e início do
séc. XX, habitaram o que viria a ser a Vila de Boa Sorte o comerciante de peles
e animais João Laurentino de Souza, o agricultor e dono de terras Quirino dos
Santos, o também dono de terras e comerciante Manoel Moreno e o dono de terras e
chefe político, Justino Alves.
Nessa época se registra a existência de outras grandes
propriedades rurais: a Fazenda Riacho do Meio de propriedade do senhor Antônio
Lourenço que produzia rapadura, Fazenda Barro Branco pertencente a Manoel
Joaquim, a Fazenda Caatinga Branca do senhor José Miguel e a Fazenda São Roque
que pertencia ao senhor Antônio Alexandre da Silva.
Como veremos, tudo concorreu para a urbanização
daquele lugar. Estar entre uma rota de comercio, cercado por grandes
propriedades, possuir água e local para parada e descanso dos viajantes, depois
disso a doação de pequenos lotes de terra, a construção da primeira capela
junto com a criação do Patrimônio de São José, a vinda de novas pessoas que
fugiam da seca e procuravam trabalho, o cultura do algodão e a abertura de
estradas que ligavam Garanhuns à Buíque, passando por Pedra e Arcoverde (antiga
Rio Branco).
Rapidamente nasceu a Vila de Boa Sorte. O modo de
vida de sua gente era simples. A alimentação não tinha luxos. Feijão, farinha,
carnes assadas na brasa ou com banha de porco, sem iluminação elétrica e pouca
mobília no interior das casas, sendo esta composta por móveis rústicos feitos à
encomenda. Muitas casas não possuíam roupeiro ou guarda roupa e as vestimentas
eram guardadas em grandes malas que eram empilhadas uma sobre as outras. As
camas eram reservadas muitas vezes apenas para os pais, então, era comum casas
onde só havia uma cama, já que os jovens dormiam dependurados em redes. Esse
costume foi assimilado dos povos indígenas. O divertimento eram as vaquejadas,
os jogos de cartas e as prozas com os amigos. Também era costume o ler ou recitar
dos cordéis que eram chamados de romances.
Poucos sabiam ler de fato, então, em vez de ler os romances, os pais ou mães decoravam os versos e os repetiam de cor
para seus filhos.
As famílias eram numerosas, já que ter muitos
filhos queria dizer possuir muitas mãos para auxiliar nos trabalhos das
fazendas, sítios e nos afazeres domésticos. Uma família formada por pai, mãe e
dois filhos era considerada pequena. Muito comum era ver nos sítios, vilas e
cidades do interior famílias onde o casal havia gerado dez, doze ou até mesmo
quinze filhos.
O casamento podia ser um evento traumático para as
moças. Muitas eram dadas em casamento aos catorze ou quinze anos de idade e
passavam rapidamente do julgo do pai para o do marido. Não havia uma preparação
a não ser a de que era dever da esposa obedecer ao seu marido. O amor dos
versos ditos pelos romances pouco ou nunca era sentido na vida matrimonial
pautada pela rotina mecânica de conceber, nutrir e criar os filhos. Fotos de
época mostram o curto intervalo do nascimento entre um filho e outro. A famosa escada formada do filho menor para o
maior até chegar à mãe e ao patriarca da família.
Outro costume encontrado em algumas famílias era de
que duas gerações da mesma família habitassem na mesma casa. O entrelaçamento
era tão forte que o sogro podia ser tomado como padrinho dos netos e passava a
ser chamado de compadre. O nordestino leva o vínculo estabelecido pelo
sacramento do batismo com os padrinhos a um grau de respeito tão alto que o
sogro passa a ser compadre e não mais o avô, deixando de ser tratado assim
pelos netos para assumir o papel de padrinho. Até entre irmãos isso ocorria. A
irmã mais velha ou mais nova passava a ser comadre e os sobrinhos não mais
tomavam a benção a sua tia e sim a sua madrinha.
[i] PILLET, Nelson. História do
Brasil.
[ii] VERSIANI, Flávio Rabelo.
VERGOLINO, José Raimundo Oliveira. Preço de escravos em Pernambuco no século
XIX. Universidade de Brasília, 2002.
[iii] VIANA, Oliveira. Resumo
histórico dos inquéritos censitários realizados no Brasil. p 404 e 405. In:
Stein, Stanley J. Vassouras: um município brasileiro do café. 1850-1890. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
[iv] PRADO, Jr. Caio. História
econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1996. P. 160.
[v] Entrevistas concedidas ao
autor.
quinta-feira, 19 de março de 2015
VENTUROSA CELEBRA HOJE O SEU PADROEIRO. CONHEÇA A HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ
Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infancia de Jesus com José.
José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espirito". Ele tomou Maria e a levou para Belem e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
A ultima menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalem. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa dAvila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da jjustiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com um antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios
Bob Fernandes: Cid Gomes chuta o balde. Ruim para o Governo? Sim. Mas bom para a política
Mesmo antes do pedido de exoneração de Cid Gomes, se disse, por obvio, que seria aquilo ele faria.
E foi bom, embora na operação da realpolitik que compete ao Governo ter para – pleonástica e paradoxamente – governar, possa parecer um problema.
Cid, ao exonerar-se, aliviou a pressão que seu ato traria para Dilma.
Para todos os efeitos, Cunha e o PMDB tiveram a sua cabeça.
Mas tiveram mal, muito mal.
Evidenciou-se com quem e com que métodos Dilma Rousseff está sendo pressionada e obrigada a compor.
E que ela não faz o governo que quer, mas o que pode, com este Congresso.
Cid rompeu com a hipocrisia da política como poucos teriam coragem de fazer, embora eu tenha certeza de que a frase imprudente não seria dita deliberadamente.
Assista o comentário do jornalista Bob Fernandes, sempre cortante, na TV Gazeta, agora à noite.
É, finalmente, o contraponto na política que o PT desaprendeu de fazer, e que não depende nem anula a composição política necessária ao Governo.
terça-feira, 17 de março de 2015
82% dos manifestantes de domingo votaram em Aécio Neves.
Wanessa Camargo cantando nos protestos ao lado de Ronaldo, ex jogador de futebol. Assim como a maioria dos presentes na Paulista eram eleitores de Aécio Neves |
O TEXTO É DA REVISTA EXAME - Comento em seguida
EXAME - São Paulo – Pesquisa Datafolha
divulgada nesta terça-feira traçou o perfil dos manifestantes que foram para a
rua no domingo, em protesto contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo o
levantamento, 82% dos manifestantes disseram ter votado em Aécio Neves (PSDB),
candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014. As informações são do
jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a pesquisa, 74% dos
que foram para a rua em São Paulo nunca tinham participado de uma manifestação
antes. Pelas contas do Datafolha, o protesto de domingo teve 210 mil pessoas. O
instituto afirma ainda que 76% dos que lotaram a avenida Paulista no domingo
tinham curso superior, e 68% tinha renda igual ou superior a 5 salários
mínimos.
Ainda segundo o jornal, o
principal motivo de protesto para a maioria dos manifestantes foi a corrupção –
47% foram para a rua contra os desvios de dinheiro público. O segundo principal
motivo foi o impeachment da presidente Dilma, que mobilizou 27% dos
participantes.
O perfil dos manifestantes foi
diferente do encontrado na mesma avenida na sexta-feira, dia 13 de março,
quando a Paulista recebeu uma manifestação organizada por CUT, MST e UNE, entre
outras entidades.
O Datafolha também traçou o
perfil de quem se manifestou nesta data, e encontrou uma maioria de eleitores
de Dilma Rousseff -- 71% disseram ter votado na petista no segundo turno das
eleições de 2014.
Segundo o instituto, o
protesto de sexta reuniu 41 mil pessoas, sendo que 48% participavam de uma
manifestação pela primeira vez.
Outra diferença é em relação à
renda dos manifestantes. No protesto do dia 13, 62% das pessoas tinham renda de
até 5 salários mínimos e apenas 33% recebiam acima deste valor.
Dentre esses manifestantes, o
principal motivo para ir às ruas foi protestar contra a perda de direitos
trabalhistas -- 25% foram ao ato por este motivo. A reivindicação de um aumento
para os professores mobilizou 22% dos manifestantes, e a reforma política, 20%.
Apesar das diferenças, os dois
grupos tinham pontos em comum. Segundo a Folha, a democracia foi defendida
pelos manifestantes nos dois dias. Ambos também criticavam o Congresso
Nacional. Dentre os que marcharam na sexta-feira, 61% avaliaram o Legislativo
como ruim ou péssimo. No domingo esse número subiu para 77%.
Não desmereço a validade de muitas das reivindicações do dia 15 de março. O combate à corrupção é uma delas. Mas é bom lembrar o caráter partidário do movimento. Muitos ali não pediam reformas, pediam apenas o impeachment. Uma moça loira e muito bonita ao ser entrevistada por determinado órgão de imprensa disse que tirando a Dilma entraria o Aécio. Desinformação à parte, é preciso lembrar coisas que a grande mídia quer esquecer: as faixas em apoio à ideias fascistas, as manifestações pró-ditadura e as declarações de ódio ao Partido dos Trabalhadores.
A maioria dos manifestantes era de classe média, não que isso invalide seu ato, são cidadãos como eu e você, embora não necessitem das mesmas coisas que nós, não sejam vítimas dos mesmos preconceitos nem enfrentem as mesmas dificuldades.
É preciso derrubar o mito de que o povo em geral deseja o impeachment da presidente Dilma. O povo deseja mudanças no rumo do governo, mais transparência e ética e a punição devida aos políticos culpados por crimes de corrupção, e esses políticos estão em praticamente todos os partidos e não apenas no PT.
Não defendo os malfeitos de alguns membros do partido, mas é preciso que se cobre o mesmo rigor nos julgamentos e na cobertura de outros escândalos. A exemplo do mensalão do PSDB, do aeroporto de Cláudio, da lista de Furnas, do metrô de São Paulo, do helicóptero com quinhentos quilos de cocaína, da compra de votos para a reeleição de FHC, das privatizações, enfim, tanta coisa que foi ou está sendo convenientemente esquecida.
Se você é contra a corrupção, deve ser contrário a ela em todos os setores, em todos os partidos e na sua vida pessoal.
No protesto do dia 15 ficaram de fora pedidos de mais saúde, educação, bem estar social, segurança, moradia e a tão esperada reforma política. Nada pelo fim do financiamento privado de campanhas.
Ou seja, as demandas populares não estavam lá.
Talvez pelo principal elemento motivador do protesto, tendo em vista a sua composição.
A maioria queria apenas uma coisa: "tirar a Dilma para pôr o Aécio".
E para isso valia tudo, até a volta à ditadura.
Não podemos caminhar para uma guerra civil porque uma parte do povo não aceita a derrota nas urnas e não reconhece a vontade da maioria.
domingo, 15 de março de 2015
UMA SEMANA QUE PODERÁ MUDAR A HISTÓRIA DESSE PAÍS. REFLEXÃO SOBRE OS PROTESTOS DE MARÇO
13 e 15 de março de 2015 poderão marcar datas
históricas para o Brasil. Movimentos organizados em defesa de um país melhor,
embora as bandeiras erguidas para isso não flamulem em unidade.
O comportamento
desses manifestantes, uns em apoio, outros em protesto ao governo, forçaram os
representantes eleitos a mudarem seu comportamento e a formam como conduzem a
política nesse país.
Os que foram às ruas no dia 13 de março
defendiam a permanência de Dilma Rousseff na presidência, mas não apenas isso.
Também questionavam a política econômica;
Também exigiam a reforma política;
O fim da corrupção e o julgamento de todos os
envolvidos em escândalos.
No dia 15 de março muitos foram às ruas pedir o
impeachment de Dilma, mas não apenas isso.
Questionavam a política econômica e a alta taxa
de juros;
Também exigiam a reforma política;
O fim da corrupção e o julgamento dos
envolvidos em escândalos.
O que preocupa nas manifestações do dia 15 é o
sentimento antidemocrático de alguns, que graças a Deus, não são a maioria dos
brasileiros. Entre os vários grupos que saíram as ruas no dia 15, há
extremistas que pedem a volta dos militares ao poder, consolidando assim um
retorno à ditadura. Os revoltados online que espalham mentiras nas redes
sociais e alguns proto fascistas.
Ah, e não esqueçamos o ódio ao PT, inflado pela
mídia que mais desinforma e manipula que informa. A mesma mídia que pertence a
famílias que serão investigadas por manterem contas secretas na Suíça.
Dentro dos dois movimentos há uma pauta que
precisa ser discutida no Brasil. A necessidade de uma ampla reforma política, o
fim do financiamento de empresas em campanhas políticas e uma política
econômica mais organizada e justa, que também taxe grandes fortunas e heranças,
não deixando todo o peso do Estado nas mãos dos contribuintes mais pobres.
Os alvos principais do dia 15? Dilma, Lula e o
PT, mas não apenas eles. Todos os políticos, de uma forma ou de outra estão
sendo cobrados hoje.
Dilma deve se desencastelar, voltar a se
comunicar com o povo, refazer as bases populares que sustentaram a sua
reeleição e combater a desinformação se quiser reverter a hostilidade que hoje
se faz presente em quase todas as classes sociais.
Em resumo: deve ouvir a voz rouca das ruas.
O povo deve continuar cobrando, mas não apenas
de Dilma. É preciso que esse mesmo povo cobre dos seus prefeitos, vereadores,
governadores, deputados e senadores.
Deve cobrar não apenas do PT, mas de todos os
partidos existentes no Brasil. Não se esqueçam do PSDB e o tremsalão, do PSB e
do jatinho sem dono, do DEM e seu mensalão, do PP e quase todos os seus
deputados sendo investigados, e, claro, do PMDB.
E é preciso se ter cuidado, muito cuidado, com
os que pregam a volta da Ditadura.
Não se esqueçam de que o dia 15 de março marcou
a volta do poder ao povo.
Nossa história e toda a nossa nação não merece
que depois de trinta anos, os torturadores sejam mais uma vez empossados da
mesma forma em que o foram em 1964.
Os protestos são sadios numa democracia.
Lembre disso: numa democracia.
Numa ditadura esse seria o último texto que eu
escreveria.
Talvez nem o fizesse.
Na ditadura ninguém poderia expor opiniões
contrárias ao governo. Nem sair na rua para protestar.
Lembrem disso.
Emerson Luiz
sábado, 14 de março de 2015
SWISSLEAKS FISGA BARÕES DA MÍDIA E JORNALISTAS. CASO DE CONTAS SECRETAS NA SUÍÇA TEM NOMES COMO O DO APRESENTADOR RATINHO, A VIÚVA DE ROBERTO MARINHO E DONOS DE JORNAIS E REVISTAS QUE PERSEGUEM O GOVERNO
Entre os personagens que mantêm ou mantiveram contas numeradas no HSBC da Suíça estão nomes como Otávio Frias, que fundou a a Folha de S. Paulo, Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes, Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, do Globo, José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, Ratinho, apresentador do SBT, e Mona Dorf, jornalista que atua na Joven Pan ao lado de Reinaldo Azevedo; todos alegam que não cometeram irregularidades; presença de barões da mídia na lista também revela seletividade do jornalista Fernando Rodrigues, do Uol, que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, do qual faz parte, para divulgar o material; afinal, seu empregador, Otavinho Frias, não teve o nome divulgado por ele.
O escândalo Swissleaks, das contas numeradas secretas mantidas na Suíça, fisgou alguns dos mais poderosos barões da mídia brasileira, assim como influentes jornalistas da imprensa nacional.
Na lista vazada por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC, estão nomes poderosos como Otávio Frias, fundador já falecido da Folha de S. Paulo, e João Jorge Saad, o Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes – ambos tinham contas zeradas em 2007, ano dos registros obtidos por Falciani. A conta de Otávio Frias, depois, passou a apontar seu filho Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário.
Outro personagem curioso que aparece na lista é José Roberto Guzzo, ex-diretor de Veja e Exame e hoje conselheiro editorial da Abril, além de um dos colunistas mais mal-humorados da imprensa brasileira.
A lista também fisgou Carlos Massa, o Ratinho, do SBT, com US$ 12,4 milhões, e Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, com US$ 750,2 mil.
A maior soma na lista é a de Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, com US$ 120,5 milhões. Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões. Fernando João Pereira dos Santos, da Rádio Tribuna, do Espírito Santo, mantinha US$ 9,9 milhões.
Além deles, aparece ainda Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando um rastro de dívidas tributárias e trabalhistas.
Entre os jornalistas assalariados, além de Guzzo, destaque para Mona Dorf, que apresenta um programa na Joven Pan ao lado de Reinaldo Azevedo, com US$ 310 mil. Arnaldo Bloch, colunista do Globo, também foi correntista do HSBC de Genebra, assim como a família Dines, que, à época manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Todos os personagens citados alegam manter contas regulares e declaradas – o que deve ser verificado pela Receita Federal. A divulgação da lista de barões da mídia, no entanto, coloca em xeque o trabalho de Fernando Rodrigues, jornalista do Uol que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos para receber o material. Não foi Rodrigues quem divulgou o nome de seu patrão, Luís Frias, mas sim os repórteres Chico Otávio, Cristina Tartáguila e Ruben Berta, do jornal O Globo.
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