domingo, 6 de junho de 2010

PROCURAM-SE ROMÂNTICOS

Dizem os românticos estão à beira de extinção. Sinto-me no dever de discordar. Não é que os que expõem seus sentimentos estejam desaparecendo, são as pessoas que tem medo de sentir. Charlie Chaplin já havia dito que pensávamos de mais e sentíamos de menos.

Procuram-se românticos. Mas, mais que isso, procura-se quem ainda queira se encantar com um olhar, se admirar com o brilho das estrelas e sentir o doce aroma do orvalho da manhã que ainda cobre as flores dos campos quando o sol inicia sua jornada incansável e infinita.

Procuram-se os que ainda sonham, a mais que isso, os que ainda tem coragem de sonhar com dias melhores, de denunciar injustiças, de ser duros quando necessário, mas sem jamais perder a ternura.

Procuram-se os que sentem, e sentem em demasia. Os que descobriram o valor do riso diário, das alegrias simples, e compreenderam que ser feliz não quer dizer nunca estar triste.

Procuram-se homens e mulheres que desejam amar, mas amar de verdade, sem medo do desconhecido. Pessoas que desejem compartilhar não apenas os corpos, mas a alma, o coração, os medos, as fraquezas e as esperanças.

Procura-se o ser humano interior. Procuram-se nós mesmos, do modo que somos, sem máscaras ou distorções artificiais.

Encontrem essas pessoas e verão que os românticos não morreram e que há muito amor no mundo. O que ocorre é que infelizmente colocaram coisas fúteis demais na frente dele.